As empresas têxteis portuguesas estão preocupadas com a dívida de 35 milhões de euros (7 milhões de contos) que Angola tem aos exportadores nacionais, reclamando por isso uma intervenção urgente do Estado português.

Em comunicado, a Associação Portuguesa de Têxteis e Vestuário (APT) e a Associação Portuguesa das Indústrias de Malha e Confecção (APIM) «reclamam uma solução urgente para a dívida de Angola às empresas portuguesas do sector. Em causa estão 14 empresas (...) com créditos de cerca de 7 milhões de contos, em mora desde 1992».

Para solucionar este problema, os empresários das associações exigem, entre outras medidas, a criação imediata de uma linha de crédito avalizada pelo Estado português e o reforço do «plafond» definido no «Acordo de Petróleo» entre os dois países.

As associações acrescentam que as dívidas de Angola afectam empresas portuguesas que representam cinco mil postos de trabalho.

«A recuperação dos créditos é uma necessidade urgente e imperiosa para a reestruturação, de forma a enfrentarem a crescente concorrência, derivada da abertura dos mercados internacionais a países terceiros», concluem.