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Teletrabalho, e-commerce e novas tecnologias: 2021 carrega 2020

A pandemia obrigou os negócios a transitar rapidamente para o digital e a levar o trabalho para dentro das residências dos profissionais. E agora? Como vai o ano pandémico influenciar 2021?

12 de Dezembro de 2020 às 18:28
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Neste pandémico ano de 2020, as empresas tiveram que demonstrar, mais do que nunca, a sua raça, obrigando grande parte delas a reinventar-se, passando velozmente a utilizar as novas tecnologias, o teletrabalho e o e-commerce.

 

"A pandemia veio impulsionar o online e obrigar à rápida transição para o digital dos negócios de todas as áreas. Se antes da pandemia as plataformas digitais eram vistas como um complemento na estratégia de negócios, com a pandemia tornaram-se o meio necessário para garantir a continuidade de muitos", considera Miguel Mascarenhas, CEO da plataforma de contratação de serviços locais Fixando.

 

"O digital já se tinha afirmado anteriormente como uma alternativa viável à compra nas lojas físicas. A pandemia só veio evidenciar as suas vantagens e comprovar que, de facto, comprar online é muito fácil e seguro", complementa Maria Amélia Teixeira, CEO da empresa de vendas online Insania.

 

Imposta nos negócios, a mudança também determinou uma inversão nos hábitos profissionais das pessoas, que deixaram os escritórios e tiveram que levar o trabalho para dentro das suas residências.

 

"O teletrabalho passou a ser o novo normal. As empresas foram obrigadas a repensar as ferramentas de gestão de qualidade do trabalho porque estas tiveram de ser adaptadas aos novos locais de trabalho - refiro-me às nossas casas. E, consequentemente, apostamos ainda mais em equipamentos com mais mobilidade como computadores portáteis, softwares, etc", explica Telmo Santos, CEO da "fintech" EuPago.

 

E os investimentos tornaram-se ainda mais urgentes, em que o retorno das startups foi alavancado de forma abrupta.

 

"Com a pandemia, o volume de negócios cresceu mais do que tinha sido estimado em 2019 e tivemos de investir em equipamento informático mais poderoso, softwares mais capazes e, claro, reforçar a equipa com novas contratações. Existiu um aumento repentino do volume de trabalho que exigiu um esforço muito grande de resposta (célere) por parte da equipa. Sentimos a ansiedade dos clientes, porque queriam ter acesso imediato a novos serviços", confidencia o presidente executivo da EuPago.

 

Não obstante a previsão de um crescimento do online na ordem dos 20%, com 2021 a apresentar-se cheio de incertezas para os negócios, investir parece ser a palavra de ordem.

 

"Há ainda muitas empresas e comerciantes que continuam ‘offline’ e com resistência a entrar no digital, contudo, esse cenário vai mudar. Para além disso, vamos investir na divulgação da EuPago enquanto marca e entidade que informa as pessoas sobre os possíveis perigos que podem advir da internet no que se refere a pagamentos seguros. Só há um pequeno cenário de incerteza relativamente ao número de empresas insolventes e o impacto que isso terá na economia", ressalva Telmo Santos.

 

"Em 2019 prevíamos atingir um volume de vendas de 1,9 milhões de euros, mas devido à pandemia superamos as expetativas. O ano de 2020 foi completamente atípico e, por este motivo, admitimos que não sabemos ainda o que esperar de 2021", afirma Maria Amélia Teixeira.

 

Já Miguel Mascarenhas não tem dúvidas: "A necessidade de um serviço é para nós uma oportunidade de investimento."

 

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