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Teletrabalhadores pedem apoio informático e para pagar contas

Um estudo mostra que a comparticipação das faturas domésticas e o suporte tecnológico são as principais exigências das equipas em teletrabalho, seguidas de maior flexibilidade e apoio psicológico. Desafio? Preparar as chefias para uma gestão remota.

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21 de Janeiro de 2021 às 15:48
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As equipas colocadas em teletrabalho devido à pandemia de covid-19 estão a pedir mais apoios sociais e benefícios adicionais às empresas, como a subsidiação das despesas de Internet, de telefone ou alimentares, segundo um estudo realizado pela Kaspersky e que abrangeu 18 países.

 

Questionados sobre que tipo de ajuda gostariam de ter por parte dos empregadores, os mais de 8 mil inquiridos por esta empresa de cibersegurança apontam, em segundo lugar, um maior suporte a nível tecnológico e o acesso a equipamentos e ferramentas informáticas adequadas.

 

Estes aspetos ligados à comparticipação das faturas e à tecnologia – tal como a exigência de maior flexibilidade, que surge em terceiro lugar – são até mais referidos por quem trabalha em médias e grandes empresas, o que os autores interpretam que "pode dever-se ao facto de ser mais comum as pessoas em pequenas organizações arranjarem o seu próprio ambiente de trabalho, utilizarem dispositivos pessoais e tratarem sozinhas do acesso aos serviços".

 

Independentemente da dimensão da organização, é semelhante (a rondar os 25%) a proporção de trabalhadores que dizem ser necessário as empresas aumentarem o apoio emocional ou psicológico, com o argumento de que a covid-19 "não só afetou o trabalho e a vida quotidiana, como causou ansiedade" relativamente ao tema da saúde.

 

Os colaboradores precisam de ajuda para utilizar as ferramentas [informáticas] de forma segura, mesmo estando habituados a trabalhar em computadores portáteis pessoais. Alfonso Ramírez, diretor-geral da Kaspersky Ibéria

 

"Para manter a produtividade e o bem-estar dos colaboradores, é importante assegurar que todos têm tudo o que necessitam para trabalhar. Quando se trata de tecnologia, precisam de ajuda para utilizar as ferramentas de forma segura, mesmo estando habituados a trabalhar em computadores portáteis pessoais e a gerir o seu próprio acesso a todos os serviços web, como pode acontecer nas empresas de menor dimensão", sustenta Alfonso Ramírez, diretor-geral da Kaspersky Ibéria.

 

Numa nota enviada às redações, a multinacional aconselha a realização de inquéritos para compreender o estado emocional das pessoas, o seu fluxo de trabalho, se têm conhecimento dos processos empresariais e tudo o que precisam para trabalhar à distância, notando que isso "facilita a compreensão sobre as circunstâncias específicas em que as pessoas se encontram e ajuda ainda a tomar decisões mais equilibradas".

 

A terceira vaga de infeções em Portugal levou o Governo a tornar o teletrabalho obrigatório, tendo até agravado fortemente as coimas e lançado uma ação nacional de fiscalização da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). Todos os que laborem de forma presencial terão de ter uma credencial da empresa e as grandes empresas do setor dos serviços foram obrigadas a enviar à ACT a lista nominativa de todas as pessoas que consideram que são essenciais no local de trabalho habitual.

Preparar chefias para uma gestão remota Um outro estudo, divulgado pela Aon esta quinta-feira, 21 de janeiro, reclama que a maioria (58%) das empresas já implementaram uma política de trabalho remoto, sendo uma das alterações mais significativas a "atribuição universal do teletrabalho a todos os colaboradores, desde que as respetivas funções o permitam". Ao nível dos benefícios que podem vir a ser ajustados ou adicionados, as empresas que participaram no relatório "Teletrabalho: tendêmncias e políticas em 2021", destacam os planos de benefícios flexíveis, a instalação de internet móvel ou em casa dos colaboradores, a adoção de programas de apoio à saúde mental e a aquisição de mobiliário de escritório para cada trabalhador. Por outro lado, o estudo aponta que o maior desafio nesta modalidade, segundo as próprias empresas, é a preparação das chefias para uma gestão remota.
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