A TAP registou lucros consolidados de 8,6 milhões de euros em 2004. O valor está abaixo da meta orçamentada de 15,8 milhões de euros e representa uma descida de 56,3% face ao lucro apurado em 2003 de 19,7 milhões de euros.

No entanto, a empresa salienta que este resultado líquido positivo foi conseguido não obstante um custo extraordinário na factura com os combustíveis face ao orçamento de 72 milhões de euros.

Para garantir os lucros, a TAP contou com os resultados extraordinários positivos resultantes da mais-valia com a venda de 50,1% da SPdH (Serviços Portugueses de Handling) no valor de 30 milhões de euros.

Sem o impacto dos elementos extraordinários, positivos (venda da SPdH) e negativos (combustíveis), o lucro teria atingido os 37 milhões de euros em 2004, o que corresponderia a mais do dobro da meta prevista, «o que permite concluir que 2004 teria sido um dos melhores anos de sempre nos 60 anos da história da TAP», realça o comunicado.

Resultados Operacionais negativos de 10 milhões

Já nos resultados operacionais, não foi possível atenuar o impacto da derrapagem na factura com os combustíveis. A TAP fechou no «vermelho» com perdas operacionais de 10 milhões de euros, contra um resultado positivo de 23 milhões em 2003 e muito aquém da meta do orçamento que apontava para valores positivos de 46 milhões de euros.

Excluindo o efeito dos combustíveis, os custos operacionais ascenderam a 986 milhões de euros, em linha com o orçamento para 2004.

A operação da TAP cresceu 11% no ano passado, face a 2003, tendo registado um crescimento acumulado de 39% entre 2000 e 2004, com base nos lugares oferecidos por quilómetro. No mesmo período, a procura do mercado (passageiros por quilómetro utilizado) aumentou cerca de 34%, o que, segundo a empresa, coloca a TAP «na liderança europeia em matéria de ganhos de produtividade». A produtividade melhorou cerca de 40% nos últimos quatro anos.

Por negócios, a unidade de Transporte Aéreo, a principal actividade, registou resultados operacionais negativos de 5,8 milhões de euros, tendo não obstante absorvido o impacto do aumento do combustível. A Manutenção e Engenharia (M&E) registou resultados operacionais positivos de 5,8 milhões de euros. A SPdH contribuiu com resultados positivos de um milhão de euros.

YES com prejuízo de 4,7 milhões

Em relação às outras participadas, a charter YES (que agora tem a marca White), teve um contributo negativo com prejuízos de 4,7 milhões de euros. Já a Cateringpor (catering), as Lojas Francas e a Air Macau, tiveram contributos positivos de 300 mil euros, 950 mil euros e 1,1 milhões de euros, respectivamente.

No ano passado, a TAP reduziu a dívida em 107 milhões de euros para 647 milhões de euros, prosseguindo a política de amortização. Em 2001, a dívida era de 975 milhões de euros.