Notícia
Subida da bolsa exige prudência
A rápida subida das bolsas nos últimos meses preocupa a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM). O presidente do regulador, Carlos Tavares, pediu ontem prudência aos investidores, já que a valorização não está sustentada nos resultados e na economia.
Maria João Gago
mjgago@negocios.pt
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André Veríssimo
averissimo@negocios.pt
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Elisabete de Sá
esa@negocios.pt
15 de Julho de 2009 às 00:01
A rápida subida das bolsas nos últimos meses preocupa a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM). O presidente do regulador, Carlos Tavares, pediu ontem prudência aos investidores, já que a valorização não está sustentada nos resultados e na economia.
Nos últimos quatro meses as bolsas europeias e americanas valorizaram cerca de 30%, com os investidores a apostarem numa saída da crise. Para Carlos Tavares, "a subida do primeiro semestre deve ser encarada com ponderação". "As perspectivas para os resultados das empresas e a evolução da economia não justificam entusiasmos excessivos", afirmou durante a conferência de imprensa de apresentação do relatório de actividade da CMVM em 2008.
Para ilustrar as suas reticências, Carlos Tavares trouxe alguns números. Os negócios em bolsa continuam a ser escassos. No primeiro semestre o volume de transacções no PSI-20 caiu 55,8% face aos primeiros seis meses de 2008, depois de já ter sofrido forte queda naquele ano. A volatilidade, que exprime a forte oscilação dos preços, está mais baixa, mas continua a traduzir um elevado risco.
"Os preços estão a ser formados num contexto de estreita liquidez e ainda com níveis de volatilidade elevados. Tudo isto leva a que o comportamento das acções deva ser encarado com grande prudência", alertou o presidente da CMVM. "Com esta volatilidade, há movimentos acerca dos quais não me parece possível afirmar a sua sustentação".
Carlos Tavares evocou ainda o rácio entre o preço das acções e o lucro das respectivas empresas para demonstrar que a recente valorização deixou os títulos em níveis próximos da média dos últimos dez anos. No PSI-20, por exemplo, está apenas a 20% do nível histórico.
Nos últimos quatro meses as bolsas europeias e americanas valorizaram cerca de 30%, com os investidores a apostarem numa saída da crise. Para Carlos Tavares, "a subida do primeiro semestre deve ser encarada com ponderação". "As perspectivas para os resultados das empresas e a evolução da economia não justificam entusiasmos excessivos", afirmou durante a conferência de imprensa de apresentação do relatório de actividade da CMVM em 2008.
"Os preços estão a ser formados num contexto de estreita liquidez e ainda com níveis de volatilidade elevados. Tudo isto leva a que o comportamento das acções deva ser encarado com grande prudência", alertou o presidente da CMVM. "Com esta volatilidade, há movimentos acerca dos quais não me parece possível afirmar a sua sustentação".
Carlos Tavares evocou ainda o rácio entre o preço das acções e o lucro das respectivas empresas para demonstrar que a recente valorização deixou os títulos em níveis próximos da média dos últimos dez anos. No PSI-20, por exemplo, está apenas a 20% do nível histórico.