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Sonaecom regista prejuízo de 4,7 milhões no semestre

A Sonaecom anunciou hoje um resultado líquido negativo de 4,7 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, quase o dobro do registado no período homólogo em termos comparáveis, mas acima das expectativas dos analistas, que previam prejuízos de 7,9 mi

26 de Julho de 2007 às 20:15
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A Sonaecom anunciou hoje um resultado líquido negativo de 4,7 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, quase o dobro do registado no período homólogo em termos comparáveis, mas acima das expectativas dos analistas, que previam prejuízos de 7,9 milhões.

Considerando apenas o segundo trimestre do ano, a empresa da Sonae obteve um lucro de 1,3 milhões de euros, insuficiente para compensar os 6 milhões de prejuízos do primeiro trimestre.

O CaixaBI esperava que a Sonaecom fechasse o semestre com prejuízos de 7,9 milhões de euros.

Ao nível do EBITDA – resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações a Sonaecom registou uma desaceleração de 6,2%, em comparação com o primeiro semestre de 2006, para os 73,2 milhões de euros. A margem EBITDA do ramo de telecomunicações do grupo Sonae situou-se nos 17,7%, menos 2 pontos percentuais que no período homólogo.

A Sonaecom no comunicado entregue à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários optou por "recalcular" os resultados do primeiro semestre do ano passado, de forma a excluir a contribuição da Enabler, que foi vendida em meados de 2006, assim como a mais-valia gerada por esta alienação, que se situou nos 25,3 milhões de euros. Recorde-se que no ano passado a Sonaecom anunciou lucros de 24,3 milhões de euros no primeiro semestre, mas fruto destes encaixes não recorrentes.

Ainda no comunicado entregue à CMVM, a operadora justifica a quebra no EBITDA com a redução das tarifas de terminação móvel e de "roaming" e ainda com o "maior investimento em marketing e vendas". O efeito da redução das tarifas de terminação é visível nos resultados operacionais da Optimus registados no segundo trimestre do ano –38,7 milhões de euros contra os 42,5 milhões registados entre Abril e Junho de 2006. A redução das tarifas de terminação, segundo a Sonaecom, teve um impacto negativo no EBITDA de 1,7 milhões de euros nas contas do segundo trimestre da operadora móvel.

O volume de negócios da Sonaecom no semestre situou-se nos 413,4 milhões de euros, mais 4,4% que no período homólogo, tendo registado um crescimento de 7,2% ao nível das receitas de serviços, que no final de Junho último totalizavam os 377,3 milhões.

"Estamos muito satisfeitos com os resultados do trimestre" anota Ângelo Paupério no comunicado, sublinhando as melhorias na "rentabilidade ao mesmo tempo que [a Sonaecom] apresentou uma significativa dinâmica de crescimento orgânico e não-orgânico".

Destaque ainda para o "corte" de quase 60% ao nível do capex total da Sonaecom, que passou de 170,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2006 para os 69,9 milhões entre Janeiro e Junho deste ano.

O "free cash flow" da Sonaecom no semestre situou-se nos 75 milhões de euros, valor que compara com os 133,7 milhões negativos do período homólogo, ainda que neste último valor a empresa tenha optado por reflectir o custo de 106 milhões de euros relativo à compra de 11,3 milhões de acções da PT em 2006.

Em termos operacionais, a Optimus aumentou o seu total de clientes activos – aqueles com receita gerada nos últimos 90 dias – em 12% face a Junho de 2006, ostentando agora 2,13 milhões de clientes. No segundo trimestre de 2007 esta operadora móvel registou 17,7 mil adições líquidas de clientes activos.

Ao nível da Sonaecom Fixo, o total de serviços de acesso directo cresceram 49,6% para os 336,7 mil, sendo agora responsáveis por 77,4% do total de receitas de clientes do negócio fixo da operadora. Em Junho de 2006 os acessos directos eram responsáveis por menos de 61% das receitas de clientes da Sonaecom Fixo.

Este ramo de negócio da Sonaecom gerou um EBITDA positivo de 500 mil euros no segundo trimestre do ano, enquanto que o  Público registou um EBITDA negativo de 700 mil euros no mesmo período.

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