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Sonae já garante controlo da finlandesa Musti

Grupo liderado por Cláudia Azevedo já garantiu posição maioritária na empresa descrita como líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos. OPA decorre até 6 de março.

A CEO Cláudia Azevedo garante que a inflação alimentar, que atingiu o nível extraordinário de 20,5%, foi “uma preocupação constante das equipas” da Sonae.
José Gageiro/Movephoto
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A Sonae já garantiu o controlo da finlandesa Musti na sequência da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo consórcio Flybird Holding, que lidera, assegurando 50,10% do capital da empresa descrita como "líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos".

A conquista da posição da maioritária por parte do grupo liderado por Cláudia Azevedo consta de um comunicado publicado, esta quinta-feira, pela Musti, surgindo dois dias depois de a Sonae ter informado que ficou com 42,99% da Musti no termo da OPA, cujo prazo decidiu estender, até 6 de março, para dar aos acionistas da Musti que não aceitaram a oferta a "oportunidade" de o fazerem.

A informação de que o consórcio liderado pela Sonae assegurou o controlo da Musti foi, entretanto, confirmada pela Sonae num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De recordar que o objetivo inicial do consórcio era o de passar a deter pelo menos 90%, a condição mínima de aceitação do qual abdicou na sequência do termo da oferta, cujo prazo subsequente decorre então até 6 de março, esperando-se que os resultados preliminares sejam conhecidos no dia seguinte.

"Estamos entusiasmados por conseguirmos adicionar a Musti ao nosso portefólio de negócios e, como tal, decidimos prosseguir com a oferta. Vamos adquirir as ações que resultaram da oferta e daremos aos acionistas da Musti que não aceitaram a mesma a oportunidade de o fazerem durante o período subsequente", afirmou a presidente da comissão executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, citada no comunicado enviado à CMVM na terça-feira. "Mantemo-nos confiantes de que o consórcio liderado pela Sonae é o acionista ideal para agilizar a expansão da Musti e focar-se na satisfação das necessidades dos seus clientes", reforçou.

O grupo, com sede na Maia, adiantou anteriormente que espera que a compra fique concluída durante o primeiro trimestre.

Lançada a 29 de novembro, a OPA sobre a Musti, no valor de 868 milhões de euros, foi descrita por Cláudia Azevedo como "a maior aposta única provavelmente nos 60 anos da Sonae".

Na mesma entrevista à agência Bloomberg, em finais de janeiro, o diretor financeiro da Sonae, João Dolores, apontou. aliás, que caso a Sonae consiga fechar este negócio deverá fazer uma pausa nas grandes aquisições "nos próximos anos". "Não gostamos de ter níveis muito elevados de alavancagem, preferimos ter uma estrutura financeira conservadora", afirmou.
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