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Administração da finlandesa Musti recomenda aos acionistas que vendam títulos à OPA da Sonae
O conselho de administração da Musti recomenda aos acionistas que vendam os títulos ao consórcio a que pertence a retalhista, por considerar os 26 euros pagos por ação um preço justo e bem financiado. O grupo liderado por Cláudia Azevedo quer ficar com 98% do capital da empresa finlandesa.
O conselho de administração da Musti deu um parecer favorável ao preço a que está disposto a apagar o consórcio – que inclui a Sonae – pelas ações da retalhista finlandesa, no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA). O objetivo da operação é ficar com 98% do capital.
Os administradores da Musti - que não integram o consórcio nem registaram situações de conflitos de interesse – defendem ainda que a oferta tem o financiamento adequado, pelo que recomendam aos acionistas que vendam as ações ao consórcio.
No final de novembro, a Sonae, em conjunto com dois administradores e o CEO da empresa finlandesa, lançou uma OPA sobre a totalidade das ações da Musti, com o grupo português a garantir uma participação de 98% caso a operação tenha integralmente sucesso.
A Sonae detém atualmente 1,7% das ações da Musti, enquanto a participação agregada de Jeffrey David (presidente da empresa), Johan Dettel (administrador) e David Rönnberg (CEO) é de 2,5%, devendo baixar para 2% se o objetivo da OPA for atingido.
O preço da oferta do consórcio, que está a ser realizada através da Flybird Holding Oy, uma empresa constituída na Finlândia, é de 26 euros por ação, "a liquidar em dinheiro", o que representa um prémio de 27,1% em comparação com o preço de fecho (20,46 euros) da ação da Musti na Nasdaq Helsínquia na sessão desta terça-feira, realça a Sonae. Com a Musti a registar uma capitalização bolsista de cerca de 683 milhões de euros, a OPA avalia o grupo nórdico em 868 milhões de euros.
Apresentando-se como líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, a Musti tem uma rede de mais de 340 lojas, na Finlândia, Suécia e Noruega, tendo fechado o último ano fiscal (de outubro de 2022 a setembro de 2023) com uma faturação de 426 milhões de euros e um EBITDA de 74 milhões de euros.