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Sonae Capital agrava prejuízos em 20%
A empresa liderada por Cláudia Azevedo registou perdas de 5,05 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, valores acima dos prejuízos estimados pelos analistas do CaixaBI.
Entre Janeiro e Março, no que diz respeito ao resultado líquido atribuível aos accionistas da empresa-mãe, a Sonae Capital teve um prejuízo de 5,05 milhões de euros, o que corresponde a um agravamento de 20,4% face às perdas de 4,19 milhões de euros reportadas no trimestre homólogo do ano passado.
Os analistas do CaixaBI estimavam que o resultado líquido da Sonae Capital fosse "similar ao valor registado um ano antes", mas acabou por ser pior.
A pressionar o resultado líquido esteve a redução do EBITDA, de 0,87 milhões de euros; a já esperada redução dos resultados de investimentos, em função da venda das participações em concessionárias rodoviárias, em 2016, de 0,98 milhões; e os maiores custos com impostos, fruto do mix de resultados antes de impostos das diferentes unidades societárias do grupo, sublinha a empresa liderada por Cláudia Azevedo (na foto) no comunicado divulgado à CMVM.
Por seu lado, o volume de negócios consolidado do grupo no primeiro trimestre ascendeu a 33,6 milhões de euros, o que correspondeu a uma descida de 8,7% face ao ano anterior, com impacto, também, ao nível do EBITDA (-62,1%).
Nesta rubrica, a empresa destaca o "crescimento sustentado do volume de negócios do segmento de Fitness (+42,0%), fruto do continuado aumento da base de sócios activos (+27%) e das mensalidades médias (+6%), traduzindo-se num incremento de EBITDA de 2,4x", bem como a melhoria dos principais indicadores do segmento de Hotelaria.
Em contrapartida, houve uma diminuição esperada do volume de negócios na energia, na ordem dos 16,6%, fruto da descontinuação de uma operação de cogeração no primeiro trimestre de 2016. "Contudo, este foi o melhor dos últimos quatro trimestres quer em volume de negócios, quer em rentabilidade", salienta o documento.
Já o investimento bruto do período ascendeu a 5,2 milhões de euros, registando um aumento de 4,2 milhões face ao ano anterior, fruto, sobretudo, dos investimentos no segmento de energia, concretamente a aquisição da operação de cogeração alimentada a biogás de aterro.
"Os nossos negócios continuaram a demonstrar progressos, visíveis ao nível do volume de negócios e respectiva rentabilidade, sendo de assinalar os crescimentos verificados nos segmentos de fitness e hotelaria. Também é de notar o desempenho do segmento de energia, o melhor dos últimos quatro trimestres, ainda que as recentes aquisições, não tenham contribuído para este resultado", sublinha Cláudia Azevedo na sua mensagem neste relatório e contas.
Fruto da dinâmica recente, salienta ainda a CEO, "continuamos a perspectivar bons desempenhos para a generalidade dos negócios, incluindo o segmento de Refrigeração e AVAC, para o qual o elevado volume de contratos em carteira é um bom indicador dos níveis de actividade para os próximos trimestres", acrescenta.
No que diz respeito à venda de unidades residenciais em Tróia, "o número de contratos em carteira deixa-nos confortáveis sobre o desempenho nos próximos trimestres, mitigando o menor número de escrituras realizadas no primeiro trimestre do ano", conclui.