Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Sonae Capital agrava prejuízos em 20%

A empresa liderada por Cláudia Azevedo registou perdas de 5,05 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, valores acima dos prejuízos estimados pelos analistas do CaixaBI.

Bruno Simão
04 de Maio de 2017 às 20:37
  • ...

Entre Janeiro e Março, no que diz respeito ao resultado líquido atribuível aos accionistas da empresa-mãe, a Sonae Capital teve um prejuízo de 5,05 milhões de euros, o que corresponde a um agravamento de 20,4% face às perdas de 4,19 milhões de euros reportadas no trimestre homólogo do ano passado.

 

Os analistas do CaixaBI estimavam que o resultado líquido da Sonae Capital fosse "similar ao valor registado um ano antes", mas acabou por ser pior.

 

A pressionar o resultado líquido esteve a redução do EBITDA, de 0,87 milhões de euros; a já esperada redução dos resultados de investimentos, em função da venda das participações em concessionárias rodoviárias, em 2016, de 0,98 milhões; e os maiores custos com impostos, fruto do mix de resultados antes de impostos das diferentes unidades societárias do grupo, sublinha a empresa liderada por Cláudia Azevedo (na foto) no comunicado divulgado à CMVM.

 

Por seu lado, o volume de negócios consolidado do grupo no primeiro trimestre ascendeu a 33,6 milhões de euros, o que correspondeu a uma descida de 8,7% face ao ano anterior, com impacto, também, ao nível do EBITDA (-62,1%).

 

Nesta rubrica, a empresa destaca o "crescimento sustentado do volume de negócios do segmento de Fitness (+42,0%), fruto do continuado aumento da base de sócios activos (+27%) e das mensalidades médias (+6%), traduzindo-se num incremento de EBITDA de 2,4x", bem como a melhoria dos principais indicadores do segmento de Hotelaria.

 

Em contrapartida, houve uma diminuição esperada do volume de negócios na energia, na ordem dos 16,6%, fruto da descontinuação de uma operação de cogeração no primeiro trimestre de 2016. "Contudo, este foi o melhor dos últimos quatro trimestres quer em volume de negócios, quer em rentabilidade", salienta o documento.

Já o investimento bruto do período ascendeu a 5,2 milhões de euros, registando um aumento de 4,2 milhões face ao ano anterior, fruto, sobretudo, dos investimentos no segmento de energia, concretamente a aquisição da operação de cogeração alimentada a biogás de aterro.

 

"Os nossos negócios continuaram a demonstrar progressos, visíveis ao nível do volume de negócios e respectiva rentabilidade, sendo de assinalar os crescimentos verificados nos segmentos de fitness e hotelaria. Também é de notar o desempenho do segmento de energia, o melhor dos últimos quatro trimestres, ainda que as recentes aquisições, não tenham contribuído para este resultado", sublinha Cláudia Azevedo na sua mensagem neste relatório e contas.

 

Fruto da dinâmica recente, salienta ainda a CEO, "continuamos a perspectivar bons desempenhos para a generalidade dos negócios, incluindo o segmento de Refrigeração e AVAC, para o qual o elevado volume de contratos em carteira é um bom indicador dos níveis de actividade para os próximos trimestres", acrescenta.

 

No que diz respeito à venda de unidades residenciais em Tróia, "o número de contratos em carteira deixa-nos confortáveis sobre o desempenho nos próximos trimestres, mitigando o menor número de escrituras realizadas no primeiro trimestre do ano", conclui.

Ver comentários
Saber mais Sonae Capital Cláudia Azevedo
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio