Com um crescimento médio superior a 100% ao ano, o peso da produção de energia em regime especial (PRE - renováveis e cogeração) na factura de electricidade paga pelos consumidores portugueses foi multiplicado por 10 nos últimos cinco anos.

Nas tarifas da luz do próximo ano, que vão sofrer um aumento global de 2,9% face a 2007, a PRE vai assim representar 12% dos custos, contra os 1,2% que pesava em 2003.

No último ano, o preço pago pelo País para ter energia renovável voltou a duplicar.

A produção em regime especial serve, porém, para estabilizar as tarifas finais cobradas aos consumidores finais. Isto porque os preços da energia primária variam muito, tal como evidencia a escalada de preços dos combustíveis fósseis, e introduzem uma grande volatilidade nas tarifas, segundo especialistas do sector energético ouvidos pelo Jornal de Negócios, tendo por base o relatório anual de análise da ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos sobre o "desempenho e previsões das empresas reguladas".