O volume de negócios do grupo, que ontem anunciou a assinatura de acordos com a GAM Holdings de António Mosquito, recuou neste período 22% para 479,9 milhões de euros.

Já o EBITDA somou 48 milhões de euros, decrescendo 27% face aos primeiros nove meses de 2012, tendo o EBITDA recorrente – que exclui os custos com as rescisões de contratos de trabalho -  sido de 52,8 milhões de euros.

Os resultados financeiros do grupo situaram-se nos 39 milhões de euros negativos, melhorando cerca de 12 milhões face a Setembro de 2012

A carteira de encomendas da Soares da Costa caiu, por seu lado, 17%, situando-se agora nos 912,8 milhões de euros.

A dívida líquida ultrapassou os 1.094 milhões, o que representa uma subida de 14% face a Setembro do ano passado.

O volume de negócios do grupo nos primeiros nove meses do ano foi penalizado pela evolução negativa das áreas de negócio de construção e concessões (afectado pela conclusão das obras na Auto-Estrada Transmontana).

A actividade da construção registou uma queda de 30%, espelhando, justificou a Soares da Costa, “a contracção do mercado português (-41%) e demoras de obras em Angola e nos EUA, ainda não totalmente recuperadas”. Já o volume de negócios da área das concessões diminuiu 31%.  

Por mercados, em Portugal o volume de negócios do grupo caiu 35% nos primeiros nove meses deste ano, tendo em Angola a queda sido de 30% e nos EUA de 14%. Só em Moçambique a Soares da Costa registou uma subida da actividade de 21%.

Também a queda do EBITDA é justificada essencialmente com a evolução negativa da construção, não sendo alheio o impacto da redução da produção assim como dos custos não recorrentes com rescisão de colaboradores.

O grupo assinala, contudo, sinais de recuperação da actividade no terceiro trimestre. De acordo com os resultados divulgados esta quarta-feira, o volume de negócios entre Julho e Setembro aumentou em Portugal, Angola, EUA e Moçambique face ao trimestre anterior.

(Notícia actualizada às 17h14)