Notícia
Seca: Agricultores culpam "opções políticas dos sucessivos Governos" por adiarem investimentos
CNA alerta que restrições no consumo de água, apesar de menores do que inicialmente prrevistas, são "fortemente prejudiciais ao setor agrícola", criticando ainda o facto de não serem "transversais" a todas as atividades económicas da região.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) diz que a crise de falta de água que assola o Algarve, mas também o Alentejo, que vai levar a restrições no consumo, tem como "responsáveis" as "opções políticas dos sucessivos Governos", já que "materializa a ausência de obra e de política estratégica que priorize as populações", tanto ao nível da produção de alimentos como de abastecimento doméstico.
Em comunicado, enviado às redações, a organização aponta que "um dos exemplos é o fracasso na execução do Plano Nacional de Regadios, com recorrentes cortes orçamentais em nome do défice".
As críticas chegam um dia depois de o Governo ter anunciado para o Algarve cortes de 25% na água para agricultura e de 15% para o consumo urbano, incluindo turismo, com a CNA a qualificar de "inaceitável" a forma como o fez, acusando o Executivo de recorrer "a artimanhas já habituais e de laivos eleitoralistas", ao traçar "um cenário inicial catastrofista [de cortes de 70%] para depois vir a aplicar uma restrição de 25% como se fossem boas notícias". "Não são - são fortemente prejudiciais ao setor agrícola, que vai sofrer o maior corte no abastecimento", reforça.
Para a organização, com sede em Coimbra, "as restrições têm de ser transversais a todas as actividades económicas da região e equitativas, valorizando o que é essencial à vida das populações".
A CNA alerta ainda que, este corte no abastecimento, "se não for devidamente acompanhado de medidas compensatórias", que estarão previstas à luz do apresentado pelo Executivo, "determina a sentença de morte de muitas explorações agrícolas, numa região onde dominam as culturas permanentes, organizadas em explorações de pequena e média dimensão, com peso significativo na economia da região e nacional e com impacto no abastecimento alimentar interno".
Neste sentido, a CNA reclama que "as organizações de produtores sejam devidamente ouvidas nos diversos fóruns, inclusive na Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca" que seja "garantida água de rega a todos os agricultores para assegurar a sobrevivência das plantas e a manutenção do potencial produtivo" e assegurado aos produtores pecuários apoios para alimentação e abeberamento animal de emergência, bem como "apoios modulados, plafonados e a fundo perdido pelas perdas de produção".
Ao nível da exploração agrícola, a CNA defende que se deve "priorizar e financiar a 100% medidas de apoio à instalação de equipamentos e infraestruturas de eficiência hídrica, acções de informação e sensibilização para novas práticas agronómicas e de gestão juntos dos agricultores" e "assegurar que os beneficiários das medidas da Política Agrícola Comum (PAC) que por razões associadas à escassez de água não cumpram com os compromissos assumidos não sejam prejudicados, sendo esta uma situação de força maior.
Propõe, em paralelo, que se avance "urgentemente na infraestruturação (obra) que garanta água para o abastecimento das populações e para a agricultura que produz de alimentos, em especial para o mercado interno", com "soluções para aumentar o armazenamento da água superficial, transvazes entre sistemas de retenção de água, diminuição de perdas estruturais", assim como "planos de manutenção e recuperação dos sistemas de abastecimento e rega destinados à poupança e uso de águ, bem como a adaptação das produções às condições edafoclimáticas das regiões.
Em comunicado, enviado às redações, a organização aponta que "um dos exemplos é o fracasso na execução do Plano Nacional de Regadios, com recorrentes cortes orçamentais em nome do défice".
Para a organização, com sede em Coimbra, "as restrições têm de ser transversais a todas as actividades económicas da região e equitativas, valorizando o que é essencial à vida das populações".
A CNA alerta ainda que, este corte no abastecimento, "se não for devidamente acompanhado de medidas compensatórias", que estarão previstas à luz do apresentado pelo Executivo, "determina a sentença de morte de muitas explorações agrícolas, numa região onde dominam as culturas permanentes, organizadas em explorações de pequena e média dimensão, com peso significativo na economia da região e nacional e com impacto no abastecimento alimentar interno".
Neste sentido, a CNA reclama que "as organizações de produtores sejam devidamente ouvidas nos diversos fóruns, inclusive na Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca" que seja "garantida água de rega a todos os agricultores para assegurar a sobrevivência das plantas e a manutenção do potencial produtivo" e assegurado aos produtores pecuários apoios para alimentação e abeberamento animal de emergência, bem como "apoios modulados, plafonados e a fundo perdido pelas perdas de produção".
Ao nível da exploração agrícola, a CNA defende que se deve "priorizar e financiar a 100% medidas de apoio à instalação de equipamentos e infraestruturas de eficiência hídrica, acções de informação e sensibilização para novas práticas agronómicas e de gestão juntos dos agricultores" e "assegurar que os beneficiários das medidas da Política Agrícola Comum (PAC) que por razões associadas à escassez de água não cumpram com os compromissos assumidos não sejam prejudicados, sendo esta uma situação de força maior.
Propõe, em paralelo, que se avance "urgentemente na infraestruturação (obra) que garanta água para o abastecimento das populações e para a agricultura que produz de alimentos, em especial para o mercado interno", com "soluções para aumentar o armazenamento da água superficial, transvazes entre sistemas de retenção de água, diminuição de perdas estruturais", assim como "planos de manutenção e recuperação dos sistemas de abastecimento e rega destinados à poupança e uso de águ, bem como a adaptação das produções às condições edafoclimáticas das regiões.