Notícia
Santos “depena” Santos pelo título de Rei dos Frangos
Paiva Santos, líder de um grupo de Leiria com 19 churrasqueiras e que exporta refeições congeladas, reclama ser o verdadeiro Rei dos Frangos, afastando-se do fornecedor benfiquista José António dos Santos, detido com Luís Filipe Vieira.
08 de Julho de 2021 às 14:20
"Mais uma vez, a nossa empresa Churrasqueiras Rei dos Frangos, Lda, com sede em Leiria e com 19 churrasqueiras take-away em Portugal, vem a público defender o seu bom nome e vincar que EM NADA tem a ver com o circo metáforico 'do rei dos frangos', nem com nenhuma das pessoas envolvidas nesse grupo de peças que se vêm noticiando desde 2019".
Assim começa uma nota de imprensa divulgada na quarta-feira pelo Rei dos Frangos - não "esse", o que tem merecido presença assídua nas notícias desde que Luís Filipe Vieira e o dono da Valouro foram detidos, mas o "verdadeiro", que vem agora "lutar pelo bom nome desta marca". Quem é, então, o verdadeiro Rei dos Frangos?
A história da churrasqueira, que utiliza como slogan "As melhores brasas da zona", começa na Rua Capitão Mouzinho de Albuquerque, em Leiria, a 12 de agosto de 1989, com a abertura da primeira loja. "Com frango e batata frita iniciou-se a história da nossa marca", pode ler-se no site oficial da marca.
Da primeira loja até uma cadeia de restauração, foi um pulo. Em 1991, é inaugurado o segundo espaço Rei dos Frangos. "Após esta abertura e devido ao seu sucesso, os anos seguintes foram marcados por novas lojas e localizações fora de Leiria". A expansão continua até 2004, ano em que a marca inaugura a atual sede, uma fábrica de preparação e produção alimentar com mais de 7.000 metros quadrados.
Seis anos depois, em 2010, a cadeia alimentar inicia a expansão internacional, com a entrega de uma encomenda para a cidade alemã de Colónia. Foi a primeira para fora de Portugal. No mesmo ano, cria "o frango assado à portuguesa ultracongelado, com molho de limão e piri-piri", que se tornou na "estrela" das exportações da empresa leiriense.
A expansão continuou com a criação de uma nova marca de restauração (Frangus); com o lançamento da marca de vinhos Petiz, em 2013; e com a chegada em 2015 ao mercado asiático, mais concretamente a Hong Kong. Mais de 30 anos depois da fundação, a empresa conta com 19 lojas em regime de take-away em Portugal, três restaurantes da marca Frangus e uma marca de refeições congeladas que distribui na Europa, Ásia, América do Norte e África.
Há, então, alguma associação ao outro "rei dos frangos" – José António dos Santos, administrador do grupo Valouro, que, por sua vez, está ligado a Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica? Segundo o comunicado que se tornou viral nas redes sociais, a única relação entre as duas entidades é comercial.
"Não existe nem existiu qualquer relação empresarial entre a nossa empresa e o Sr. José António dos Santos além da natural interação comercial entre fornecedor e comprador: a Avibom, uma das empresas do Grupo Valouro, vende matéria-prima à Churrasqueira Rei dos Frangos, concretamente, frango. Porque é de assar frango que nós percebemos, de ações e SADs... nem tanto", garantiu a empresa.
O "verdadeiro" Rei dos Frangos, revela ainda a empresa, será João Carlos Paiva Santos, um dos gerentes da empresa, que "em nada está relacionado com o Sr. Luís Filipe Vieira nem com qualquer uma das empresas que dá origem aos negócios noticiados".
O Negócios tentou contactar João Carlos Paiva Santos para perceber se ainda mantém a relação comercial com a Valouro ou que tipo de impacto reputacional, em concreto, é que a empresa tem sofrido, mas ainda não obteve resposta.
"Não há clubite nesta empresa"
A história da empresa já é antiga e a presença em Portugal é sólida. Mas o alcance nas redes sociais estava, até agora, ainda longe dos números que começaram a verificar-se depois da divulgação desta nota de imprensa.
Se, há poucos dias, uma publicação no Facebook ou no Instagram valia cerca de 20 "gostos" e poucas ou nenhumas partilhas, agora o cenário é outro. A publicação com o comunicado de esclarecimento mereceu mais de dois mil "gostos" e mais de mil partilhas, além dos comentários de incentivo. A página do Rei dos Frangos no Facebook tem agora mais de 54 mil seguidores.
E a churrasqueira aproveita a onda para interagir com os novos seguidores. "Somos cerca de 200 pessoas e não há clubite nesta empresa! Há apoiantes de muitos emblemas nacionais e ainda do Santos, do Fortaleza, do Flamengo, do Dínamo de Kiev e do Clube Sportivo Mindelense!", comentou a própria empresa na mesma publicação.
A empresa de Leiria acabou por apagar das redes sociais uma frase publicada na versão inicial, que encerrava o comunicado, depois de algumas reações por parte dos seguidores. "P.S.: Como nota final, dizemos mais: os nossos gerentes até são simpatizantes do Sporting!".
Assim começa uma nota de imprensa divulgada na quarta-feira pelo Rei dos Frangos - não "esse", o que tem merecido presença assídua nas notícias desde que Luís Filipe Vieira e o dono da Valouro foram detidos, mas o "verdadeiro", que vem agora "lutar pelo bom nome desta marca". Quem é, então, o verdadeiro Rei dos Frangos?
Da primeira loja até uma cadeia de restauração, foi um pulo. Em 1991, é inaugurado o segundo espaço Rei dos Frangos. "Após esta abertura e devido ao seu sucesso, os anos seguintes foram marcados por novas lojas e localizações fora de Leiria". A expansão continua até 2004, ano em que a marca inaugura a atual sede, uma fábrica de preparação e produção alimentar com mais de 7.000 metros quadrados.
Seis anos depois, em 2010, a cadeia alimentar inicia a expansão internacional, com a entrega de uma encomenda para a cidade alemã de Colónia. Foi a primeira para fora de Portugal. No mesmo ano, cria "o frango assado à portuguesa ultracongelado, com molho de limão e piri-piri", que se tornou na "estrela" das exportações da empresa leiriense.
A expansão continuou com a criação de uma nova marca de restauração (Frangus); com o lançamento da marca de vinhos Petiz, em 2013; e com a chegada em 2015 ao mercado asiático, mais concretamente a Hong Kong. Mais de 30 anos depois da fundação, a empresa conta com 19 lojas em regime de take-away em Portugal, três restaurantes da marca Frangus e uma marca de refeições congeladas que distribui na Europa, Ásia, América do Norte e África.
Há, então, alguma associação ao outro "rei dos frangos" – José António dos Santos, administrador do grupo Valouro, que, por sua vez, está ligado a Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica? Segundo o comunicado que se tornou viral nas redes sociais, a única relação entre as duas entidades é comercial.
"Não existe nem existiu qualquer relação empresarial entre a nossa empresa e o Sr. José António dos Santos além da natural interação comercial entre fornecedor e comprador: a Avibom, uma das empresas do Grupo Valouro, vende matéria-prima à Churrasqueira Rei dos Frangos, concretamente, frango. Porque é de assar frango que nós percebemos, de ações e SADs... nem tanto", garantiu a empresa.
O "verdadeiro" Rei dos Frangos, revela ainda a empresa, será João Carlos Paiva Santos, um dos gerentes da empresa, que "em nada está relacionado com o Sr. Luís Filipe Vieira nem com qualquer uma das empresas que dá origem aos negócios noticiados".
O Negócios tentou contactar João Carlos Paiva Santos para perceber se ainda mantém a relação comercial com a Valouro ou que tipo de impacto reputacional, em concreto, é que a empresa tem sofrido, mas ainda não obteve resposta.
"Não há clubite nesta empresa"
A história da empresa já é antiga e a presença em Portugal é sólida. Mas o alcance nas redes sociais estava, até agora, ainda longe dos números que começaram a verificar-se depois da divulgação desta nota de imprensa.
Se, há poucos dias, uma publicação no Facebook ou no Instagram valia cerca de 20 "gostos" e poucas ou nenhumas partilhas, agora o cenário é outro. A publicação com o comunicado de esclarecimento mereceu mais de dois mil "gostos" e mais de mil partilhas, além dos comentários de incentivo. A página do Rei dos Frangos no Facebook tem agora mais de 54 mil seguidores.
E a churrasqueira aproveita a onda para interagir com os novos seguidores. "Somos cerca de 200 pessoas e não há clubite nesta empresa! Há apoiantes de muitos emblemas nacionais e ainda do Santos, do Fortaleza, do Flamengo, do Dínamo de Kiev e do Clube Sportivo Mindelense!", comentou a própria empresa na mesma publicação.
A empresa de Leiria acabou por apagar das redes sociais uma frase publicada na versão inicial, que encerrava o comunicado, depois de algumas reações por parte dos seguidores. "P.S.: Como nota final, dizemos mais: os nossos gerentes até são simpatizantes do Sporting!".