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Vieira enfrenta Carlos Alexandre, um dia depois da detenção

Luís Filipe Vieira é ouvido pelo "super juiz" esta quinta-feira, naquele que será o primeiro interrogatório judicial. Mandato de detenção descreve suspeitas sobre o desvio de 2,5 milhões de euros das contas do Benfica.

Luís Filipe Vieira foi detido para interrogatório. Será presente ao juiz que determinará as medidas de coação.
Miguel Barreira
08 de Julho de 2021 às 11:24
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Depois de passar a noite numa cela no Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em Moscavide, Luís Filipe Vieira deverá ser ouvido na tarde desta quinta-feira pelo juiz Carlos Alexandre, tal como os restantes quatro detidos na sequência de buscas feitas esta quarta-feira. Pelo menos é a essa a informação que consta no comunicado do DCIAP. Estas buscas resultaram da investigação a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), com suspeitas de crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento.

Segundo as informações divulgadas através de um comunicado do DCIAP, ainda esta quarta-feira, a investigação está a cargo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), em colaboração com a PSP.

Além de Luís Filipe Vieira, foram também detidos José António dos Santos, o empresário do grupo agro-alimentar Valouro, mais conhecido como "rei dos frangos", Tiago Vieira (filho do presidente do Benfica) e ainda o empresário do futebol Bruno Macedo.

De acordo com o jornal Público e a RTP, que tiveram acesso ao mandado de detenção de Vieira, onde são descritos os crimes dos quais o presidente do Benfica é suspeito, existem suspeitas de "esquemas de fraude" que terão delapidado o património da Benfica SAD, o Novo Banco e ainda o Estado português. O mandado menciona que estas situações terão decorrido "quer em sede de arrecadação de impostos quer em sede de financiamento público ao fundo de resolução e ao mecanismo de acordo de capital contingente", cita a RTP.

É ainda explicitado que, no caso do Benfica, terão sido desviados quase 2,5 milhões de euros, em negócios ligados a transferências de jogadores de futebol.

No total, o processo investiga negócios e financiamento num montante total superior a 100 milhões de euros, segundo o comunicado do DCIAP. Os alegados crimes que estão agora sob investigação terão sido cometidos desde "2014 até ao presente".

Em comunicado, o Ministério Público referia que, "considerando a gravidade dos crimes e as exigências cautelares" em causa, poderiam ser aplicadas "medidas de coação diferentes do termo de identidade e residência".

Esta investigação é coordenada pelo juiz Carlos Alexandre - também responsável pela investigação aos negócios de Joe Berardo -, pelo procurador Rosário Teixeira e pelo inspetor da Inspeção Tributária de Braga, Paulo Silva.
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