Notícia
Vieira terá comprado dívida sua de 54 milhões ao Novo Banco por um sexto do valor
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, terá estado por trás da compra da dívida da Imosteps ao Novo Banco, pela qual terá pago um sexto do valor. Interrogatórios da operação Cartão Vermelho prosseguem esta sexta-feira.
09 de Julho de 2021 às 07:56
Terá sido o próprio presidente do Benfica, que foi detido esta quarta-feira no âmbito da operação "Cartão Vermelho", a comprar a dívida de uma das suas empresas ao Novo Banco. De acordo com o jornal Público, Vieira terá comprado uma dívida da Imosteps de 54,3 milhões por um sexto do valor que o BES lhe tinha emprestado mais de seis anos antes.
O matutino escreve que o negócio ainda terá tido bónus: uma participação de 12,5% que o Novo Banco tinha numa outra sociedade, a Oata - que seria o principal ativo da Imosteps - que detinha 50% do seu capital; e ainda o direito a receber um reembolso de mais de 17 milhões de euros que o BES injetara nessa empresa. Esta é a tese defendida pelo Ministério Público nos mandados no âmbito das buscas realizadas nesta operação.
No dia seguinte a Luís Filipe Vieira e os três outros alvos desta operção - Tiago Vieira (filho do presidente dos "encarnados"), José António Santos (mais conhecido por "rei dos frangos) e o empresário Bruno Macedo - terem passado mais uma noite nos calabouços da PSP, em Lisboa, também o jornal Eco dá destaque ao tema.
O jornal digital escreve que Vieira terá vendido ações da Imosteps a José António dos Santos por um euro, no final do ano passado. Através desta operação, o presidente do Benfica terá conseguido libertar os avales pessoais e da sua mulher, Vanda Vieira, que tinham sido dados sobre a dívida de 54 milhões que aquela sociedade chegou a ter no Novo Banco, o sucessor do antigo BES.
Já o Observador escreve que a investigação do Ministério Público "censura duramente" o Novo Banco por não ter agido para recuperar a dívida da Imosteps. O MP terá ainda indicado que o administrador Vítor Fernandes, que saiu em outubro do ano passado da equipa de António Ramalho, tendo sido nomeado para "chairman" do Banco de Fomento, teria uma relação privilegiada com Vieira.
Ao final da noite desta quinta-feira, em declarações citadas pela agência Lusa, o advogado Magalhães e Silva referiu que o presidente do Benfica está convicto de que está inocente em relação às suspeitas da operação "Cartão Vermelho".
Falando à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, garantiu que Vieira continua sereno e que "até fez uma vez ou outra uma graça". O advogado preferiu não adiantar se Vieira irá prestar declarações durante o interrogatório esta sexta-feira, garantindo à imprensa que ainda não está definida a ordem de trabalhos.
O matutino escreve que o negócio ainda terá tido bónus: uma participação de 12,5% que o Novo Banco tinha numa outra sociedade, a Oata - que seria o principal ativo da Imosteps - que detinha 50% do seu capital; e ainda o direito a receber um reembolso de mais de 17 milhões de euros que o BES injetara nessa empresa. Esta é a tese defendida pelo Ministério Público nos mandados no âmbito das buscas realizadas nesta operação.
O jornal digital escreve que Vieira terá vendido ações da Imosteps a José António dos Santos por um euro, no final do ano passado. Através desta operação, o presidente do Benfica terá conseguido libertar os avales pessoais e da sua mulher, Vanda Vieira, que tinham sido dados sobre a dívida de 54 milhões que aquela sociedade chegou a ter no Novo Banco, o sucessor do antigo BES.
Já o Observador escreve que a investigação do Ministério Público "censura duramente" o Novo Banco por não ter agido para recuperar a dívida da Imosteps. O MP terá ainda indicado que o administrador Vítor Fernandes, que saiu em outubro do ano passado da equipa de António Ramalho, tendo sido nomeado para "chairman" do Banco de Fomento, teria uma relação privilegiada com Vieira.
Ao final da noite desta quinta-feira, em declarações citadas pela agência Lusa, o advogado Magalhães e Silva referiu que o presidente do Benfica está convicto de que está inocente em relação às suspeitas da operação "Cartão Vermelho".
Falando à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, garantiu que Vieira continua sereno e que "até fez uma vez ou outra uma graça". O advogado preferiu não adiantar se Vieira irá prestar declarações durante o interrogatório esta sexta-feira, garantindo à imprensa que ainda não está definida a ordem de trabalhos.