Notícia
Luís Filipe Vieira e "rei dos frangos" detidos. Filho do presidente do Benfica também detido
O presidente do Benfica e o empresário José António dos Santos, conhecido como "o rei dos frangos" foram detidos na sequência das buscas realizadas esta quarta-feira, noticia a CMTV. Também Tiago Vieira, filho do líder dos "encarnados", e o empresário Bruno Macedo foram detidos.
Negócios
07 de Julho de 2021 às 15:40
O presidente do Benfica foi detido na sequência das buscas realizadas esta quarta-feira, avançam as estações televisivas SIC e RTP. A CMTV indica que também o empresário José António dos Santos, conhecido como "o rei dos frangos", foi detido. A administração da SAD vai reunir de emergência, avança o Record.
Quer Vieira quer o empresário foram alvo de buscas esta manhã, avançou o jornal Sol. A mesma publicação adianta que o filho do presidente das "águias", Tiago Vieira, foi igualmente detido.
Em causa, de acordo com o jornal, estão suspeitas de burla qualificada ao Fundo de Resolução, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Estará também em causa para Luís Filipe Vieira uma investigação de abuso de confiança, que estará relacionada com a venda de capital da SAD do Benfica. Segundo apurou o Negócios, estará também a haver buscas na SAD.
Quanto a José António dos Santos é o principal acionista individual da SAD com 12,7%. Em 2017, o presidente da Valouro comprou ações da SAD à Somague e ao Novo Banco.
A C2, conforme o Observador avançou, está também a ser alvo de buscas, confirmou o Negócios, pelo facto de ser a gestora do fundo que tem ativos da Promovalor. Mas, ao que o Negócios sabe, não houve nesta sociedade de capital de risco constituição de arguidos.
A Promovalor, empresa de Luís Filipe Vieira, é uma das maiores devedoras do Novo Banco e foi, enquanto tal, que Luís Filipe Vieira foi ao Parlamento à comissão de inquérito parlamentar ao Novo Banco explicar a reestruturação da dívida e o que levou o Novo Banco a registar imparidades por estes empréstimos.
Um dos casos em discussão é ligado à empresa Imosteps, de Luís Filipe Vieira, cuja dívida ao Novo Banco tinha sido vendida, numa carteira de malparado, à Davidson Kempner com desconto de 90%. Mas depois o empresário José António dos Santos comprou a dívida da Imosteps por oito milhões de euros, através do fundo Iberis Semper. "Não conheço o fundo, mas a pessoa que pôs o dinheiro conheço", disse Luís Filipe Vieira. O investidor foi José António dos Santos, que também é o maior acionista individual da Benfica SAD. "Fez um ótimo negócio", declarou, aos deputados, o presidente do Benfica.
Luís Filipe Vieira contou, no Parlamento, que a Imosteps foi financiada pelo BES e que ficou com a sociedade com um terreno no Brasil a pedido de Ricardo Salgado. Disse mesmo que a Imosteps tinha sido um erro seu.
Estas ligações foram questionadas pelos deputados na comissão de inquérito parlamentar do Novo Banco, que ouviu vários devedores. Luís Filipe Vieira foi um deles, já que a sua empresa levou ao registo de perdas de 200 milhões de euros ao Novo Banco. Estas perdas implicam que o Fundo de Resolução tenha de injetar, anualmente, dinheiro para capitalizar o Novo Banco, ao abrigo do acordo do mecanismo de capital contingente assinado quando o Novo Banco foi vendido à Lone Star.
Esta ligação entre os dois empresários estará também a ser investigada pela CMVM. De acordo com o Correio da Manhã (CM), a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) continua a investigar as relações que existem entre Luís Filipe Vieira, o presidente dos encarnados, e José António dos Santos, principal acionista individual da SAD do clube, com 12,7% do capital.
Estas buscas acontecem numa altura em que decorre uma emissão obrigacionista da Benfica SAD de 35 milhões de euros.
Quer Vieira quer o empresário foram alvo de buscas esta manhã, avançou o jornal Sol. A mesma publicação adianta que o filho do presidente das "águias", Tiago Vieira, foi igualmente detido.
Quanto a José António dos Santos é o principal acionista individual da SAD com 12,7%. Em 2017, o presidente da Valouro comprou ações da SAD à Somague e ao Novo Banco.
A C2, conforme o Observador avançou, está também a ser alvo de buscas, confirmou o Negócios, pelo facto de ser a gestora do fundo que tem ativos da Promovalor. Mas, ao que o Negócios sabe, não houve nesta sociedade de capital de risco constituição de arguidos.
A Promovalor, empresa de Luís Filipe Vieira, é uma das maiores devedoras do Novo Banco e foi, enquanto tal, que Luís Filipe Vieira foi ao Parlamento à comissão de inquérito parlamentar ao Novo Banco explicar a reestruturação da dívida e o que levou o Novo Banco a registar imparidades por estes empréstimos.
Um dos casos em discussão é ligado à empresa Imosteps, de Luís Filipe Vieira, cuja dívida ao Novo Banco tinha sido vendida, numa carteira de malparado, à Davidson Kempner com desconto de 90%. Mas depois o empresário José António dos Santos comprou a dívida da Imosteps por oito milhões de euros, através do fundo Iberis Semper. "Não conheço o fundo, mas a pessoa que pôs o dinheiro conheço", disse Luís Filipe Vieira. O investidor foi José António dos Santos, que também é o maior acionista individual da Benfica SAD. "Fez um ótimo negócio", declarou, aos deputados, o presidente do Benfica.
Luís Filipe Vieira contou, no Parlamento, que a Imosteps foi financiada pelo BES e que ficou com a sociedade com um terreno no Brasil a pedido de Ricardo Salgado. Disse mesmo que a Imosteps tinha sido um erro seu.
Estas ligações foram questionadas pelos deputados na comissão de inquérito parlamentar do Novo Banco, que ouviu vários devedores. Luís Filipe Vieira foi um deles, já que a sua empresa levou ao registo de perdas de 200 milhões de euros ao Novo Banco. Estas perdas implicam que o Fundo de Resolução tenha de injetar, anualmente, dinheiro para capitalizar o Novo Banco, ao abrigo do acordo do mecanismo de capital contingente assinado quando o Novo Banco foi vendido à Lone Star.
Esta ligação entre os dois empresários estará também a ser investigada pela CMVM. De acordo com o Correio da Manhã (CM), a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) continua a investigar as relações que existem entre Luís Filipe Vieira, o presidente dos encarnados, e José António dos Santos, principal acionista individual da SAD do clube, com 12,7% do capital.
Estas buscas acontecem numa altura em que decorre uma emissão obrigacionista da Benfica SAD de 35 milhões de euros.