O novo responsável máximo das operações do SairGroup em França alertou os seus empregados que a subsidiária francesa do grupo suiço poderá não sobreviver depois dos prejuízos registados em 2000, avaliados em 349 milhões de dólares (378,75 milhões de euros ou 76 milhões de contos), noticiou hoje a edição electrónica do «Financial times».

Marc Rochet, o novo presidente executivo da SairGroup em França, revelou numa carta aos empregados que «a verdade obriga-me a dizer-lhes que neste momento desconheço se a empresa consegue sobreviver».

Segundo os analistas, esta mensagem indica que o SairGroup está a contar com Rochet para supervisionar o desmantelamento das operações em França das três últimas aéro-transportadoras independentes a operar no país: a AOM, a Air Liberté e a Air Littoral.

Rochet disse que vai convocar uma reunião amanhã entre a administração e os sindicatos para definir «o que podemos fazer juntos para evitar o desastre total, cujas primeiras vítimas seriam os empregados».

Os sindicatos expressaram alguma preocupação na semana passada na sequência da contratação de Rochet. O novo responsável do SairGroup em França tinha sido deposto do cargo de responsável máximo da Air Liberté há um ano atrás, quando a British Airways decidiu vender a empresa ao SairGroup.

O SairGroup tem vindo a reconsiderar alguns dos seus investimentos em aéro-transportadoras europeias. A Swissair desistiu recentemente de participar na privatização da TAP, obrigando o Governo português a procurar outra solução para a maior transportadora aérea nacional.