Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Ricon vai tentar vender-se “no seu todo”, 800 trabalhadores para a rua

Afinal, quantos trabalhadores a Ricon mandou para o desemprego? “Cerca de 800”, confirmou ao Negócios o administrador de insolvência, que vai agora tentar “vender a empresa no seu todo”, lembrando que “há sempre interessados para compras”.

Pedro Silva, presidente e dono do falido grupo Ricon. Jornal T
Rui Neves ruineves@negocios.pt 31 de Janeiro de 2018 às 16:20

Às 11:53 de 7 de Dezembro passado, o Negócios publicava online uma notícia intitulada "Dona da Gant em Portugal à beira da falência com 800 empregos em risco".

 

Esta semana, após conhecimento dos relatórios do administrador de insolvência do grupo do empresário Pedro Silva, onde se lia que o número de trabalhadores afectados, e entretanto despedidos, rondava os 580 - cerca de 380 na área produtiva e 200 na rede de 20 lojas Gant em Portugal -, o Negócios validou esta última contagem.

 

Hoje, 31 de Janeiro, decretado que foi o encerramento da Ricon, que segue agora para liquidação, o gestor judicial afirmou ao Negócios que em causa estão mesmo "cerca de 800 pessoas".

 

Entretanto, ao princípio da tarde desta quarta-feira, o gestor judicial disse que uma vez declarado o encerramento do grupo Ricon, o objectivo é "vender a empresa no seu todo" e que "há sempre interessados para compras".

 

Pedro Pidwell, que falava aos jornalistas no final da segunda assembleia de credores marcada para esta manhã e das quais resultou o decreto de encerramento e liquidação de activos da Ricon Industrial e da Delcon, duas das unidades operacionais do grupo Ricon, explicou que as conversações entre investidores que decorreram até ao final do dia de terça-feira com o objectivo de "salvar" as fábricas "não se concretizaram".

 

"A proposta que foi apresentada não foi aceite. Aquilo que me foi transmitido é que a proposta não se enquadra na orientação estratégica da Gant para Portugal", afirmou Pidwell.

 

Segue-se a venda dos activos. "Estamos a trabalhar para vender a empresa no seu todo porque é a forma de potenciar valor e o ressarcimento dos credores", sublinhou o mesmo administrador de insolvência.

 

De resto, rematou, "há sempre interessados para compras. A partir de agora há um conjunto de activos de empresas que estão prontas para retomar a laboração. Portanto, se houver interessados, estamos cá para isso", respondeu, explicando que "não é o momento" para revelar conversações.

 

Os trabalhadores despedidos da Ricon foram entretanto informados de que os salários de Janeiro serão pagos nos "próximos dias".

Ver comentários
Saber mais ricon gant insolvência pedro silva pedro pidwell liquidação
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio