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Empresas de Famalicão têm 350 vagas de emprego para trabalhadores da Ricon

Há empresas de Famalicão disponíveis para contratar operários que ficaram sem trabalho depois da falência do maior empregador da indústria têxtil do Vale do Ave.

Lusa
Salomé Pinto salomepinto@negocios.pt 05 de Fevereiro de 2018 às 13:51

Dezenas de empresas de Vila Nova de Famalicão podem contratar cerca de 350 trabalhadores que ficaram no desemprego depois da falência da Ricon. Só a Coindu tem vagas para 100 costureiras. Instalada na Vila de Joane, esta empresa de capital alemão dedica-se à produção de componentes têxteis para a indústria automóvel. Já a Riopele está à procura de 58 trabalhadores. E a Malhinter e a Scoop precisam ao todo de preencher 35 novos postos de trabalho para a sua confecção.

Há empresas de outros sectores que também podem absorver alguns trabalhadores que ficaram no desemprego com a insolvência da Ricon, um dos maiores empregadores têxteis do Vale do Ave. É o exemplo da Primor, empresa do ramo agro-alimentar, que precisa de preencher 46 novos postos de trabalho, 40 dos quais indiferenciados.

Esta "chuva de empregos" começou a chegar à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão assim que a autarquia abriu uma linha de apoio aos trabalhadores da falida Ricon. Em comunicado, a câmara revela que foi contactada "por um conjunto de empresários famalicenses" que "manifestaram as disponibilidades que têm ao nível de recursos humanos". O presidente da autarquia, Paulo Cunha, acrescenta ainda: "Fomos também ao encontro de outros [empresários] onde suspeitávamos da existência de necessidades a este nível". Segundo o edil, o processo não está fechado e "é muito provável que nos próximos dias esta bolsa de disponibilidades de emprego cresça ainda mais".

O passo seguinte é entregar esta informação ao Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão. O objectivo, explica a autarquia, é facilitar a ligação entre as necessidades de emprego destas empresas e os funcionários da Ricon para a sua eventual contratação.

Para além do apoio à integração no mercado de trabalho, a autarquia revelou em comunicado que também está a ajudar os funcionários da Ricon "ao nível do atendimento social, com encaminhamento das situações de eventual carência económica para os apoios e programas disponíveis a esse nível no território, ao nível do apoio psicológico e ao nível do apoio à reconversão profissional dos trabalhadores, através do encaminhamento para o programa Qualifica".

Recorde-se que foi a 31 de Janeiro que o Tribunal de Comércio de Vila Nova de Famalicão decretou o fecho da Ricon Industrial SA, deixando no desemprego cerca de 800 trabalhadores. O anúncio chegou um dia depois da assembleia de credores ter decidido o encerramento e a liquidação da 'holding' do grupo. O universo Ricon - com oito empresas - entrou em insolvência no final do ano passado.

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