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"A Galp Energia não tem poder para definir os preços dos combustíveis"

O preço do crude chegou ontem a mínimos de Fevereiro - 91,17 dólares - em Londres. Isto não significa, porém, boas notícias imediatas para os consumidores portugueses, no momento de encherem o depósito do carro com gasolina ou gasóleo.

16 de Setembro de 2008 às 12:34
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O preço do crude chegou ontem a mínimos de Fevereiro - 91,17 dólares - em Londres. Isto não significa, porém, boas notícias imediatas para os consumidores portugueses, no momento de encherem o depósito do carro com gasolina ou gasóleo.

"O facto de o preço do petróleo baixar, cria condições para diminuir os preços, mas não é uma consequência directa", afirmou ontem o presidente executivo da Galp, para justificar porque é que os preços dos combustíveis nas estações de serviço portuguesas não estão já a reflectir o embaratecimento do crude.

Durante uma visita à refinaria de Sines - para comemorar os 30 anos da maior instalação refinadora do País, que ontem também iniciou uma paragem de manutenção de 45 dias -, Ferreira de Oliveira explicou aos jornalistas que a correlação entre a variação dos preços do petróleo e a formação dos preços dos combustíveis, "não é directa, nem óbvia, embora haja uma ligação entre ambas".

O gestor, que está à frente da empresa líder do mercado de distribuição de produtos petrolíferos, declarou ainda que "podem até haver circunstâncias em que o crude sobe e os produtos descem e vice-versa e isso acontece muitas vezes". Na formação dos preços dos combustíveis existem várias variáveis, sendo uma delas o câmbio euro/dólar. "Neste momento, a subida do dólar está a neutralizar a descida do crude".

As descidas mais recentes do petróleo só vão ser sentidas pelos consumidores portugueses daqui a, pelo menos, uma semana, de acordo com o CEO da Galp, que recusou-se, contudo, a revelar se as revisões vão ser proporcionais às do petróleo.
Ferreira de Oliveira aproveitou para reiterar que os preços são determinados pelos mercados internacionais e não pela Galp. "Somos tomadores de preços e não formadores de preços", afirmou, salientando que "a Galp não tem o poder de definir preços. Compramos os produtos a preços internacionais e depois vendemos os refinados a preços também definidos pelo mercado".

A Galp é dona das duas refinarias nacionais, mas Ferreira de Oliveira recusa também a acusação de que a empresa detenha o monopólio da refinação em Portugal. "As refinarias estão aqui localizadas, mas operam no espaço global" e os preços dos produtos refinados (gasolina e gasóleo) "não são definidos pela Galp, mas sim pelos mercados de referência no noroeste da Europa e do Mediterrâneo".

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