A PT SGPS vai avançar com um processo contra o ex-auditor externo das contas do grupo até 2014, a Deloitte. Quanto a acções contra ex-administradores que estiveram envolvidos nas aplicações da Rioforte, e que levaram ao ‘buraco’ de 900 milhões de euros, ficará 'nas mãos' do novo board, segundo um comunicado enviado ao regulador do mercado (CMVM) esta quarta-feira.

Um eventual processo contra ex-administradores "deverá ser deliberado e proposto pelo novo conselho de administração", diz o comunicado. 

O novo conselho de administração da PT SGPS, que será liderada por Luís Palha da Silva, será votado esta sexta-feira, dia 29 de Maio.

Além da auditoria elaborada pela PwC, a administração da PT solicitou a uma sociedade de advogados externa "uma análise das responsabilidades resultantes dos investimentos realizados em entidades do Grupo Espírito Santo, tendo a sociedade de advogados apresentado, em reunião do Conselho realizada hoje, propostas de eventual acção judicial contra ex-administradores da PT e, autonomamente, acção judicial contra o auditor externo em funções à data de 31 de Dezembro de 2013", refere a empresa no mesmo comunicado.

Foi com base nestes documentos, que decidiram avançar com os processos contra a Deloitte e contra os ex-administradores, cujos nomes não são divulgados no comunicado.

Zeinal Bava (ex-CEO da PT e da Oi), Henrique Granadeiro (antigo líder da PT SGPS), Pacheco de Melo (ex-administrador financeiro) e Amílcar Morais Pires (antigo administrador do BES e da PT) têm sido alguns dos nomes envolvidos na polémica aplicação financeira.