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PT paga imposto em “cash” e fica com 7% da PT Multimédia

A PT afinal vai continuar a ser accionista da PT Multimédia após a cisão que estará concluída a 7 de Novembro. A operadora paga o imposto do “spin off” em “cash” ao Estado e os accionistas recebem as acções já líquidas de tributação. A empresa fica assim

12 de Outubro de 2007 às 19:50
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A PT afinal vai continuar a ser accionista da PT Multimédia após a cisão que estará concluída a 7 de Novembro. A operadora paga o imposto do "spin off" em "cash" ao Estado e os accionistas recebem as acções já líquidas de tributação. A empresa fica assim com 7% da PTM, pelo menos a curto prazo, mas diz que não terá influência na gestão liderada por Rodrigo Costa.

A Portugal Telecom (PT) [PTC] anunciou hoje junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) os contornos finais do "spin off" da PT Multimédia [PTM].

Nesta operação, a PT vai entregar aos seus accionistas os 58,43% de capital que detém na PT Multimédia [PTM].

O factor de atribuição foi fixado em 0,176067 acções da PTM por cada acção detida na PT a 1 de Novembro (o "record date").

As acções da PT vão deixar de dar direito à atribuição de acções da PTM a 1 de Outubro (data do "ex-right"), e as acções recebidas vão ser creditadas na conta dos accionistas da PT a 7 de Novembro.

Assim, um accionista que detenha 100 acções irá receber 14 acções da PTM, considerando uma taxa de retenção na fonte de 20%.

Questões fiscais levam PT a ficar no capital da Multimédia

A PT diz que do ponto de vista fiscal, o "spin off" vai configurar a distribuição de um dividendo em espécie, pelo cada accionista da PT está sujeito à retenção na fonte, devendo este ser liquidado em dinheiro.

Assim, a PT vai dar aos intermediários financeiros um montante "em cash" equivalente à retenção na fonte que todos os accionistas devam fazer, ficando a empresa com o correspondente número de acções da Multimédia.

Tendo em conta a cotação actual da PTM, a PT ficará com 7% da Multimédia após o "spin off", mas diz que "não terá qualquer intenção de influencia a gestão" da empresa que agora é liderada por Rodrigo Costa.

A empresa afirma que "tem a intenção de alienar esta participação assim que possível" assumindo ainda o compromisso (ela ou o compradora da tranche) de não vender as acções da PTM por um período de seis meses a contar da data efectiva do "spin off".

As acções da PT fecharam hoje em alta de 3,6% para os 10,35 euros e a PTM avançou 0,48% para os 10,50 euros.

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