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Privatização da TAP passa por abertura da SGPS após «handling»

O processo de privatização da TAP, que neste momento decorre com a alienação de 51% da participada de «handling», deverá prosseguir com a abertura do capital da SGPS, afirmou hoje Fernando Pinto. Os resultados até Maio ficaram abaixo do esperado.

08 de Julho de 2003 às 14:21
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O processo de privatização da TAP, que neste momento decorre com a alienação de 51% da participada de «handling», deverá prosseguir com a abertura do capital da SGPS, afirmou hoje Fernando Pinto.

Em declarações à Comissão de Obras Públicas e Comunicações da Assembleia da República, o administrador-delegado da TAP, Fernando Pinto, afirmou que depois da venda de 51% da SPdH - Serviços Portugueses de «Handling», «deve-se voltar à privatização da TAP como um todo».

No Parlamento, a que foi chamado na sequência de uma interpelação do Partido Comunista (PC) sobre a privatização do «handling» (serviços de assistência em escala) da TAP, o administrador recordou que embora não exista ainda a definição do modelo e do calendário, o que estava previsto era a abertura do capital da SGPS, salientando contudo que «a última palavra cabe aos accionistas».

Em declarações posteriores aos jornalistas, à saída da Comissão, Fernando Pinto defendeu que já era sabido que o encaixe com a privatização de 51% - que a administração da TAP prevê ser na ordem dos 30 milhões de euros – seria insuficiente para capitalizar a empresa.

O administrador-delegado reconheceu ainda que a «privatização» da unidade de negócio de «handling» recentemente transformada em empresa autónoma, irá acarretar um ligeiro aumento dos custos da companhia com este serviço.

A TAP usufrui hoje de serviços de «handling» a um preço 10% abaixo do valor praticado no mercado, acrescentou.

De futuro, com o novo accionista do «handling», a TAP considera essencial conseguir um bom acordo parassocial, iniciativa que visa permitir-lhe algum controlo na qualidade do serviço.

Com a companhia aérea privada PGA – Portugália Airlines estão a decorrer negociações no sentido de uma aproximação das duas companhias em matéria do «handling», processo paralelo à privatização desta participada, confirmou Fernando Pinto.

Resultados muito abaixo do esperado até Maio

Em relação à performance do ano, Fernando Pinto admitiu aos jornalistas presentes que os dados até Maio - os últimos números a que administração da TAP teve acesso - estão bastante abaixo do orçamentado, escusando-se contudo a quantificar.

A justificação para tal evolução prende-se com uma conjugação de factores, explicou, que fizeram com que só em Março tenha ocorrido um desvio de 28 milhões de euros em relação ao resultado previsto.

Para tal contribuiu a «conjuntura internacional» da aviação comercial, o surgimento da «pneumonia atípica», várias ameaças de greve e a mudança do sistema de reservas, que este ano «migrou» de volta para a TAP.

A administração da TAP ainda assim mantém a previsão anual de lucros no valor de 10 milhões de euros e de resultados operacionais positivos em 60 milhões de euros para 2003.

Isto se não ocorrerem mais paralisações, defendeu Fernando Pinto, que considerou que «qualquer anúncio de greve pode ser mortal para a empresa», sobretudo em época alta de Verão.

Por Ana Suspiro

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