A Peugeot vai eliminar 6.000 postos de trabalho na Europa, depois de ter apresentado receitas abaixo do esperado, o que levou a fabricante automóvel a reduzir as previsões de ganhos para 2011.

Num comunicado hoje emitido, a PSA Peugeot Citroën anunciou que planeia o corte de 3.500 empregos, confirmando o alerta que tinha já lançado em Setembro.

No mesmo documento, a fabricante automóvel indica que a redução de 2.500 automóveis diz respeito ao sector não produtivo da empresa, ao passo que 1.000 postos reduzidos pertencem à área de fabrico.

Ao mesmo tempo, o “Financial Times” contactou uma porta-voz da francesa, que indicou que não serão renovados 2.500 contratos temporários, o que totaliza os 6.000 postos referidos, mais do que 10% da força de trabalho europeia.

A empresa, que está em Portugal através da fábrica de Mangualde, apresentou hoje um plano de acção de 800 milhões de euros em redução de custos, 400 milhões dos quais conseguidos através, precisamente, da eliminação de custos fixos, em que se inserem os salários.

No negócio automóvel, a segunda maior produtora automóvel da Europa, a seguir à Wolkswagen, apresentou hoje uma descida das receitas de 1,6% para 9,31 mil milhões de euros no terceiro trimestre.

As vendas globais no terceiro trimestre desceram 2,5% devido a uma “grave contracção na Europa, parcialmente compensada pelo crescimento nas vendas fora da Europa”, indicou a francesa.

Em consequência, a fabricante automóvel baixou as estimativas de lucros para 2011, de acordo com a Bloomberg.

Na bolsa, a Peugeot perdeu 44% nos primeiros nove meses do ano. Hoje, segue a ganhar 1,08% para 17,25 euros.