Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Novo Banco encaixa 60 milhões com a venda da Tertir

O grupo turco que adquiriu a Mota-Engil Logística e a Tertir revelou que o Novo Banco encaixou 60 milhões de euros com esta venda. Os restantes 275 milhões ficaram com a Mota-Engil.

  • ...

Já era conhecido o valor que a Mota-Engil encaixou com a alienação das suas subsidiárias Mota-Engil Logística e Tertir-Terminais de Portugal. O grupo que adquiriu as duas empresas revelou, agora, em comunicado, que o Novo Banco encaixou os restantes 60 milhões. O Negócios tinha já avançado que o montante atingido pelo banco era superior a 55,7 milhões. 

O grupo turco Yildrim pagou, no total, 335 milhões de euros pelas duas subsidiárias, segundo um comunicado da Yildrim a que a agência Bloomberg teve acesso.

A iniciativa de comprar a Tertir à Mota Engil partiu do grupo comprador turco através de um dos seus assessores financeiros, o Finantia, sabe o Negócios. Na prática foi uma oferta não solicitada que acabou por ser aceite pela Mota Engil.

A companhia portuária turca, uma empresa familiar que é um das maiores do mundo, não estava sequer interessada em adquirir a posição minoritária do Novo Banco uma vez que tal era desnecessário para controlar a situação. O Novo Banco acaba por ser envolvido por causa do contrato de concessão - o banco liderado por Eduardo Stock da Cunha tinha direito de vender a sua participação ao mesmo preço que a construtora havia alienado.

O negócio foi anunciado na quarta-feira, 29 de Setembro, e acontece, segundo a construtora portuguesa, na "sequência da decisão estratégica de saída do segmento portuário em sintonia com o reforço recente que o grupo fez no segmento de resíduos com o qual, após a integração recente da EGF, pretende basear a expansão internacional da sua actividade de serviços".

"O encaixe financeiro resultante desta transacção irá permitir ao grupo a optimização e o reforço da sua estrutura de capital, em linha com a estratégia financeira delineada", referia comunicado da Mota-Engil. O Negócios escreve hoje que a Mota vai aproveitar para reduzir a sua dívida.

Num outro comunicado à CMVM, o Novo Banco dava também conta desta alienação, informando que "exerceu o direito de 'tag along' para a venda da participação de 36,875% detida no capital social da Tertir".

"A conclusão da transacção nos termos ora acordados implicará um impacto positivo nos resultados líquidos, rácio de solvabilidade e liquidez" do banco liderado por Eduardo Stock da Cunha, garante o Novo Banco. 

Ou seja, na prática, foram vendidas duas empresas, uma delas onde o Novo Banco tinha participação. Essa posição de 36,875% rendeu-lhe 60 milhões, pelo que o valor total da transacção relativa a essa subsidiária ascendeu a perto de 163 milhões. A outra subsidiária vendida pertencia apenas à Mota-Engil, pelo que o valor foi totalmente por si encaixado. 


(Notícia actualizada às 11h25)

Ver comentários
Saber mais Mota-Engil Mota-Engil Logística Tertir-Terminais de Portugal Novo Banco
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio