Notícia
Merck vende unidade à Bayer por 14,2 mil milhões de dólares
A empresa espera que o acordo esteja fechado no segundo trimestre de 2014. O valor da venda ascenda a entre os 8 e os 9 mil milhões de dólares depois de impostos. Acordado ficou também uma parceria com a Bayer na área das doenças cardiovasculares.
A notícia tinha sido avançada na passada sexta-feira, mas a confirmação chega esta terça-feira, 6 de Maio, pela mão da própria Merck & Co: a empresa aceitou a proposta de 14,2 mil milhões de dólares (cerca de 10 milhões de euros) da Bayer para a aquisição da sua unidade de produtos de consumo.
A empresa espera que o acordo esteja fechado no segundo trimestre de 2014, de acordo com a imprensa internacional, e antecipa que o valor da operação, depois de impostos, ronde os 8 e os 9 mil milhões de dólares (entre os 5,7 e os 6,5 milhões de euros). Segundo comunicado enviado à imprensa, esse valor será investido em áreas de negócio que a Merck considera representarem um maior potencial de crescimento, como a oncologia ou diabetes.
A aquisição marca também o arranque de uma colaboração estreita entre a Bayer e Merck em outras áreas, nomeadamente na área das doenças cardiovasculares, tendo sido anunciada uma estratégia conjunta de desenvolvimento e comercialização. Nesta operação, pelos direitos associados a esta parceria, a Bayer receberá um pagamento inicial de mil milhões de dólares (718 mil euros), revelou a Merck.
Com a aquisição, a Bayer passará a deter produtos como o protector solar Coppertone, o medicamento para alergias Claritin ou os produtos Dr. Scholl’s. Segundo dados recolhidos pelo “Wall Street Journal”, a referida unidade da Merck registou vendas de 1,9 mil milhões de dólares em 2013, com os Estados Unidos a registar o maior mercado da empresa.
Entre os interessados no negócio estiveram nomes como Reckitt Benckiser, Procter & Gamble, Sanofi, Boehringer Ingelheim e Novartis.
O acordo é o segundo a ter lugar no sector farmacêutico em menos de um mês, depois de a Novartis ter adquirido a unidade de oncologia da GSK. Em marcha, num processo mais conturbado, está a possível compra da AstraZeneca pela americana Pfizer.