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Martifer "apenas" teve 600 mil euros de prejuízos no primeiro trimestre

A Martifer fechou o primeiro trimestre com prejuízos de apenas 600 mil euros, contra 2,7 milhões negativos registados no mesmo período do ano passado. A dívida líquida consolidada atingiu os 240 milhões de euros a 31 de Março passado, menos 20 milhões do que no final de 2015.

Correio da Manhã
25 de Maio de 2016 às 18:06
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A Martifer está muito próxima de sair do vermelho. Depois de há um ano ter comunicado o fecho dos primeiros três meses de 2015 com prejuízos de 2,7 milhões de euros, quase quatro vezes menos face ao resultado registado um ano antes, o grupo liderado pelos irmãos Martins acaba de divulgar, via CMVM, que fechou o primeiro trimestre deste ano com prejuízos de apenas 600 mil euros.

Já o resultado líquido consolidado ascendeu a 2,4 milhões de euros negativos, apresentando uma melhoria de 9 % face ao resultado do período homólogo do ano passado, "e apesar de influenciado positivamente pelos resultados financeiros de 0,4 milhões de euros, foi penalizado pelo segmento solar, reconhecido como actividade descontinuada, com um impacto negativo de dois milhões de euros", explica a Martifer no seu relatório e contas trimestral.

O grupo de Oliveira de Frades continua a apresentar melhorias nos resultados operacionais, tendo encerrado os primeiros três meses de 2016 com um EBITDA positivo de dois milhões de euros, "tendo para isso contribuído o segmento de construção metálica com 0,8 milhões de euros e o segmento renewables [energias renováveis] com 1,3 milhões de euros".

Os resultados financeiros consolidados foram positivos em 400 mil euros, uma performance conseguida sobretudo à custa da reestruturação da dívida do grupo efectuada no ano passado, a que acresce a alienação à EDP da participação que a Martifer detinha na sociedade Greenvouga, apresentando uma melhoria muito significativa face aos resultados financeiros de há um ano que foram negativos em 4,1 milhões de euros.


A Martifer garante que continua focalizada no processo de diminuição da dívida líquida, que de Dezembro para Março passados levou um corte de 20 milhões, para fixar-se em 240 milhões de euros, "mantendo-se empenhada no processo de alienação de activos ‘não core’".  

Foi em Setembro de 2014 que o grupo decidiu focalizar a sua actividade na construção metálica (estrutura metálica e fachadas em alumínio e vidro, infra-estruturas para "oil & gas" e indústria naval) e dar seguimento ao plano activo de venda da participação de 55 % detida na Martifer Solar.

Considerando a venda desta última empresa como "altamente provável", os activos e passivos da Martifer Solar foram classificados como "activos não correntes detidos para venda" e "passivos associados aos activos não correntes detidos para venda", respectivamente, sendo o resultado líquido da Martifer Solar apresentado como "resultado de actividades descontinuadas".

Nos primeiros três meses deste ano, os proveitos operacionais do grupo Martifer ascenderam a 49 milhões de euros (menos 14,5 milhões do que em igual período do ano passado), tendo 93% sido gerados pelo negócio da construção metálica e 7% pela área das energias renováveis.

No final de Março passado, o sector da construção metálica da Martifer detinha uma carteira de encomendas que totalizava 299 milhões de euros "e estava dispersa por vários países nas várias regiões geográficas". 




(Notícia actualizada às 18:37)
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