As contas da Martifer continuam no vermelho, ainda que com um semblante menos carregado. Fechada a primeira metade do exercício de 2015, o grupo liderado pelos irmãos Martins apresenta um prejuízo de 3,2 milhões de euros, menos 62% do que em igual período do ano passado. Um valor que não reflecte o impacto da venda da Martifer Solar, realizada já este mês, por nove milhões de euros.

No primeiro semestre de 2016, o EBITDA ("cash flow" operacional) caiu para 4,4 milhões de euros, metade do que tinha atingido um ano antes, com a margem deste indicador a sofrer uma queda de 2,5 pontos percentuais para 4%.

Já o EBIT (resultados antes de juros e impostos) pisou terreno negativo - 1,9 milhões de euros, contra 1,4 milhões positivos no final da primeira metade do ano passado.

Os proveitos operacionais ascenderam a 106,8 milhões de euros, o que traduz uma quebra homóloga de 21%, sendo 94% respeitantes ao segmento da construção metálica e 6% à área das energias renováveis.

Os resultados financeiros consolidados foram positivos em 0,1 milhões de euros, o que contrasta, pela positiva, com os 10,7 milhões negativos um ano antes.

"Para este resultado contribuiu de forma decisiva a reestruturação da dívida do grupo efectuada em 2015 e a alienação à EDP da participação que o grupo detinha na sociedade Greenvouga, bem como o recebimento adicional da venda da Eviva Gizalki Sp. Zoo., vendida em 2015", realça a Martifer em comunicado enviado à CMVM.