A Unicer não tem previsto avançar com novos despedimentos, depois de ter anunciado o corte de 140 postos de trabalho no mês passado devido à quebra do volume de negócios no mercado angolano, garantiu Manuel Violas, accionista e "chairman" da Unicer.

"Não está nos planos [avançar com outro programa de despedimentos na Unicer]", adiantou Manuel Violas, à margem da sessão que marcou a emissão privada de 100 milhões de euros em obrigações por parte do Violas. O accionista da empresa que produz a SuperBock explicou que os despedimentos anunciados se devem à crise no mercado angolano, "que devido às circunstâncias desapareceu praticamente e não sabemos quando poderá retomar", no entanto argumentou que a empresa está agora numa "situação tranquila".

Em relação à actividade no país africano, o presidente da Unicer adiantou que em 2014 a Unicer exportou cerca de 140 milhões de litros de cerveja, enquanto este ano apenas vendeu 47 milhões de litros. "Ainda temos o objectivo de atingir os 60/70 milhões. Mas as divisas é que vão mandar", remata Manuel Violas.

A Unicer anunciou em Outubro o corte de 140 postos de trabalho, 70 deles da fábrica de refrigerantes de Santarém, que será encerrada. Na óptica da empresa, conhecida por produzir a SuperBock, há possibilidade de realocar 35 dos funcionários, mas não se garante proximidade ao actual posto de trabalho.