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Super Bock não garante subida do patrocínio ao FC Porto

Pinto da Costa passou a ideia de que a renovação do contrato por "vários milhões de euros" envolve uma melhoria das condições. O acordo com a Unicer inscreve a marca de cerveja nos equipamentos dos azuis-e-brancos nas próximas três épocas desportivas.

Pedro Trindade/Negócios
13 de Abril de 2016 às 19:16
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A Unicer e o FC Porto assinaram esta quarta-feira, 13 de Abril, a renovação do contrato que mantém a Super Bock como patrocinador principal do clube nas próximas três épocas desportivas. Tal aconteceu nos anteriores acordos, o montante financeiro não foi divulgado por nenhuma das partes envolvidas.

 

A renovação desta parceria comercial tinha sido anunciada pelo presidente do FC Porto durante uma conturbada assembleia-geral do clube, a 14 de Março, que ficou marcada por várias acusações dos sócios à administração. Nessa reunião, que terminou com episódios de violência no exterior, Pinto da Costa referiu que o contrato com a Unicer "permitirá a entrada de vários milhões de euros".

 

Na sessão protocolar desta tarde, realizada na sede da Unicer, em Leça do Balio, o líder portista voltou a deixar subentendida uma melhoria das condições contratuais. "Ao fim destes [22] anos, estarmos a renovar este contrato, a aumentar esse contrato e a fazê-lo para três anos é sinal de que as coisas correram bem e de que ambos estamos satisfeitos", sublinhou.

 

Questionado pelo Negócios sobre o racional económico de uma subida do valor do patrocínio na actual conjuntura de dificuldades para a empresa – ainda no início do ano cancelou o fabrico de refrigerantes em Santarém – e com o FC Porto a atravessar uma crise de resultados que se prolonga há três anos, o administrador de marketing da Unicer recusou detalhar o montante, mas "não [confirmou] que seja um valor superior" ao do anterior contrato, assinado em Agosto de 2014. "O que há a salientar aqui é a renovação por mais tempo", acrescentou Nuno Bernardo.

 

Nuno Bernardo, administrador de marketing da Unicer, indicou que o futebol e a música são os “territórios principais” da Super Bock e “levam grande parte do orçamento”.
Nuno Bernardo, administrador de marketing da Unicer, indicou que o futebol e a música são os “territórios principais” da Super Bock e “levam grande parte do orçamento”. Pedro Trindade/Negócios

 

Enquanto o último prolongamento, ainda em vigor, foi realizado por dois anos, desta vez a renovação é feita por três anos, até 2019, significando que esta parceria irá celebrar mesmo as bodas de prata. O início da ligação comercial remonta a 1994, tendo sido reforçada em 2009 quando a Super Bock passou a ser patrocinador principal do clube e substituiu o Banco Espírito Santo nas costas dos equipamentos da principal equipa.

 

Na renovação agora assinada, a inscrição da marca de cerveja mantém-se no equipamento oficial da equipa de futebol, assim como nos equipamentos de treino e de saída dos jogadores e da equipa técnica. Além do desporto-rei, através da marca de água Vitalis a empresa apoia também as modalidades do clube, como o andebol, basquetebol, hóquei e patins e ciclismo.

 

Mensagem de futuro com odor a mosto

 

Foi com uma pontualidade britânica que arrancou a curta cerimónia da assinatura do contrato, a que assistiram os administradores da área administrativo-financeira, Cláudio Mateus, e de "supply chain", Carlos César. Ao contrário da última renovação, que decorreu no estádio do Dragão, desta vez foi agendada para a Super Bock Casa da Cerveja, um moderno espaço de visita aberto em Outubro do ano passado junto à fábrica da empresa, em Matosinhos.

 

E foi assim com um intensíssimo cheiro a mosto e com a administração da SAD do FC Porto em peso na primeira fila – Antero Henrique, Adelino Caldeira e Reinaldo Teles – que o presidente do conselho de administração da Unicer aludiu a "uma parceria muito sólida e positiva para ambas as partes", que não será afectada pelos maus resultados desportivos.

 

"O FC Porto sabe que pode contar connosco em todos os momentos. É um grande clube português com uma história riquíssima e inquestionável", sustentou Rui Lopes Ferreira, que em Julho do ano passado substituiu João Abecasis, que abandonou o cargo por "ter uma visão estratégica diferente do accionista". A parceria alargada a outros clubes, como o Sporting Clube de Portugal, "tem permitido à Super Bock afirmar-se [num] território de emoções muito forte" como o futebol, insistiu o gestor.

 

Já Jorge Nuno Pinto da Costa recordou que "um contrato só se sabe se é bom no momento em que se renova", pois é "sinal" do acerto da assinatura do primeiro documento. Depois de ser reconduzido na SAD com quase 100% dos votos e a poucos dias da reeleição também como presidente do clube – as eleições estão marcadas para domingo, 17 de Abril –, o dirigente desportivo visou o CEO da Unicer e aproveitou para deixar uma mensagem para o futuro: "Espero que connosco ou com outros, muitas vezes este acto se repita porque é sinal de que todos os que até hoje o fizeram, fizeram-no conscientes, de boa-fé, de boa vontade e com grande rigor".

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