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Unicer dispensa 65 trabalhadores na primeira fase da reestruturação

O grupo cervejeiro, dono da Super Bock, concluiu a primeira fase do processo de reajustamento anunciado em Outubro, tendo chegado a acordo indemnizatório com 65 trabalhadores da estrutura central e de apoio ao negócio.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Dezembro de 2015 às 13:44
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Em comunicado citado pela Lusa, a cervejeira detida em 56% pela Viacer (dos grupos Violas e Arsopi e do banco BPI) e em 44% pela dinamarquesa Carlsberg explicou que "na estrutura central e de apoio ao negócio, o processo decorreu com a serenidade necessária e está concluído. Apesar de ter sido anunciado o objetivo de desvinculação com 70 pessoas, o processo foi dado como concluído após acordo com 65 pessoas".

 

Segundo fonte da direcção da empresa citada pela Lusa, "essas 65 envolvem casos de mobilidades para outras áreas e não renovações contratuais", havendo mesmo "situações de pessoas que tiveram possibilidade de mobilidade para outras empresas do grupo Carlsberg" e ainda trabalhadores que quiseram desvincular-se da organização.

 

Conseguidos os 65 acordos indemnizatórios, a empresa entendeu estar em condições "de preencher os requisitos destas reorganizações previstas" pelo que assume a possibilidade de as cinco pessoas restantes transitarem para a mobilidade interna, sendo reintegradas em áreas com funções a definir.

 

O processo de reajustamento prevê ainda o encerramento da unidade de Santarém, e a consequente dispensa de 70 trabalhadores, sendo a produção "entregue a um parceiro disponível para receber 25 dos colaboradores afectos ao processo", refere nota da Unicer.

 

Segundo explicou fonte da direcção da empresa, o processo em Santarém "está já iniciado" e desde que foi comunicado o processo de reajustamento da Unicer, foi aberto um "gabinete de apoio, onde semanalmente há pessoas da direcção de pessoas a fazer um acompanhamento individual, com um apoio à clarificação das condições" da desvinculação.

 

"Nas próximas semanas o que queremos é (...) debruçarmo-nos no diálogo, caso a caso, para procurar no mais curto prazo possível encontrar um encaminhamento para essas pessoas", explicou a mesma fonte, lembrando ter sido criada "a possibilidade de 25 lugares no parceiro para candidaturas espontâneas".

 

Para além destas 25 vagas, a Unicer relembrou ter também 10 lugares "que podem ser mais" para os trabalhadores de Santarém que queiram optar por um regime de mobilidade interna.

 

Na passada semana, e após um plenário na fábrica de Leça do Balio, a Comissão de Trabalhadores acusou a empresa de "terrorismo social" e de estar a pressionar os funcionários por estes não aceitarem a rescisão do vínculo de trabalho.

 

Questionada pela Lusa, a Unicer respondeu esta terça-feira que "a empresa não faz pressão, faz negociação" e lamentou as "declarações gravíssimas" e "infundadas" que "chocaram" a administração, liderada por Rui Lopes Ferreira (na foto).

 

"A Unicer pratica sempre um diálogo frontal e transparente e até amigável. Como é evidente, nem todos os processos evoluem no mesmo sentido. Não do ponto de vista da conduta mas da forma como as pessoas reagem", assinalou.

 

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