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"Mais acções tivesse, mais vendia"
O presidente da REN-Redes Energeticas de Portugal está convicto de que a procura de accoes da REN destinadas a venda directa a investidores institucionais no âmbito da primeira fase de reprivatizacao da empresa já excedeu a procura.
O presidente da REN-Redes Energeticas de Portugal está convicto de que a procura de accoes da REN destinadas a venda directa a investidores institucionais no âmbito da primeira fase de reprivatizacao da empresa já excedeu a procura.
"Mais acções tivesse para vender mais vendia", afirmou ontem José Penedos, num encontro reservado com jornalistas em Londres, após o quarto dia do "road show" pelas principais praças financeiras europeias.
Apesar de garantir que não tem acesso aos números das ordens de compra sobre as 38.836 milhões de acções (7,25%) disponibilizadas pelo Estado para este segmento, José Penedos disse que "este e o meu feeling dos encontros que tive ao longo destes quatro dias com investidores institucionais globais dos mercados americano, asiático e europeu".
No total, a administração da REN já teve encontros individuais com 18 investidores institucionais e reuniões colectivas com cerca de 150 outros potenciais novos accionistas, tendo começado a ronda por Lisboa, passado por Madrid e estando hoje para fechar o ciclo de três dias em Londres. Para a semana vai passar por Zurique, Genebra, Paris, Franquefurt e talvez Milao.
A principal reclamação que Penedos diz estar a ouvir dos interessados tem a ver com a escassez de oferta. "Tenho a clara noção que a REN é uma empresa que interessa no mercado global e os investidores queriam comprar mais", diz o CEO da REN, que está convencido de que assim está preparado o caminho para o Governo avançar com a segunda fase de reprivatizacão.
Penedos rejeita que o facto da REN ser uma empresa regulada seja uma "fraqueza" para o título, defendendo mesmo que no caso de mercados com experiência de regulação como Portugal isso ate e uma vantagem competitiva.