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Insolvências de empresas em Portugal recuam em Outubro
O número de empresas insolventes desceu 2% em Outubro, face ao mês anterior. Já a constituição de novas empresas permaneceu estável. A construção continua a liderar o número de falências.
No mês passado, foram contabilizadas em Portugal 714 insolvências, uma diminuição de 2% face às 733 empresas que declararam insolvência em Setembro, revelam os dados da Ignios, divulgados esta segunda-feira, 23 de Novembro.
Com este resultado, o acumulado dos dez primeiros meses de 2015 situa-se em 6.172 empresas insolventes, um nível inferior a igual período dos anos de 2012 (-3%) e de 2013 (-8%).
Já em relação a 2014, o número de empresas insolventes aumentou 10,8%. Contudo, retirando o efeito extraordinário de Setembro, relacionado com a quebra processual da plataforma do Ministério da Justiça, essa variação seria de apenas 0,5%.
Em Outubro, foram constituídas 2.852 empresas, o que eleva o acumulado do ano para 32.059. Este número reflecte um crescimento de 7,8% face ao mesmo período do ano passado. Já em relação ao mês anterior, a tendência é de estabilização (foram criada 2.825 empresas em Setembro).
"Os resultados deste ano, sobretudo neste último quadrimestre, devem ser analisados cuidadosamente, se comparados com os registados em 2014 em que os valores contabilizados são questionáveis, considerando os problemas nos registos processuais", explica António Monteiro, CEO da Ignios, citado em comunicado. "Retirado este efeito, diria que estamos num ano de estabilização, depois de uma série de anos de crescimento, iniciada em 2008".
Em termos geográficos, os distritos de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Setúbal lideram quer nas insolvências quer nas constituições. No primeiro indicador, apenas o Porto apresentou uma diminuição no número de insolvências (-3,4%), considerando os dez primeiros meses do ano face a igual período do ano passado.
Os restantes quatro distritos registaram um aumento nas insolvências em 2015, com Braga a apresentar a variação mais expressiva (+21,7%), que se deve sobretudo ao aumento do número de insolvências no sector do vestuário.
A nível nacional, a construção continua a liderar as insolvências, com 1.284 empresas insolventes nos dez primeiros meses de 2015, um crescimento de 4,5% face a 2014.
