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Insolvências de empresas voltam a aumentar em Fevereiro

No mês passado, registaram-se 785 insolvências de empresas, um aumento face às 722 de Janeiro. No entanto, a criação de empresas também cresceu no mês passado.

Paulo Duarte
21 de Março de 2016 às 12:23
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O número de empresas insolventes em Portugal voltou a aumentar em Fevereiro. De acordo com os dados da Ignios, foram registadas 785 insolvências no mês passado, o que representa um crescimento face às 722 do mês anterior. O número de empresas insolventes em Portugal tem vindo a subir, consecutivamente, desde Junho do ano passado.

O total de insolvências nos dois primeiros meses deste ano (1.507) representa um acréscimo de 27% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Apenas Évora, Faro, Horta e Ponta Delgada registaram uma descida no número de empresas insolventes. Nos outros distritos a tendência foi de subida, com Lisboa e Porto a liderarem o ranking. A construção continua a ser o sector mais afectado, representando 15,1% do total de falências. É seguido de perto pelo comércio a retalho, a que correspondem 14,8% das insolvências.

No entanto, a par das insolvências, também a criação de empresas em Portugal aumentou no mês passado. Em Fevereiro, foram constituídas 3.427 novas empresas no país, o que reflecte um crescimento de 2% face ao mesmo mês do ano passado.

"A criação de empresas volta a mostrar-se mais dinâmica em Fevereiro e, mais importante, interrompe uma série de quatro meses de descidas consecutivas", refere António Monteiro, CEO da Ignios, citado em comunicado. "Os sectores ligados à exportação de serviços turísticos, como o alojamento e a restauração, são dos que têm registado maior crescimento relativo no nascimento de empresas".

O relatório mensal da Ignios revela que o sector do alojamento e restauração apresentou um crescimento de 2,4% (858) na criação de empresas nos dois primeiros meses do ano face ao mesmo período do ano passado, aumentando também o seu peso no total de empresas criadas de 10,9% para 11,7%.

Ainda assim, o sector que registou o maior crescimento neste período foi a o da agricultura, caça e pesca, com a criação de empresas a aumentar 14,2% (442 empresas) e o seu peso a passar de 4,9% para 5,9%.

 

 

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