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Insolvências entre Janeiro e Setembro estão 6,7% abaixo do pico de 2013

O número de insolvências registadas nos primeiros nove meses deste ano foi de 5.529 empresas, um valor que está 6,7% abaixo do pico verificado em 2013. Face a 2014, houve um aumento de 11% no número de insolvências.

20 de Outubro de 2015 às 12:46
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Entre Janeiro e Setembro deste ano, foram registadas 5.529 empresas insolventes em Portugal, o que representa uma redução de 6,7% face ao pico de sete anos atingido em 2013 quando foram registadas 5.928 insolvências.

 

De acordo com o "Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos", divulgado esta terça-feira, 20 de Outubro, pela IGNIOS, o número de insolvências registado nos primeiros nove meses de 2015 representa um aumento de 11% face a igual período do ano passado.

 

No entanto, a IGNIOS ressalva que se forem descontados os efeitos relacionados com a quebra processual da plataforma Citius verificada em Setembro de 2014, o aumento registado entre Janeiro e Setembro deste ano, comparativamente com o período homólogo, seria de apenas 0,9%.

 

As insolvências registadas nos primeiros nove meses de 2015 representam uma média mensal de 614 empresas insolventes, que compara com a média mensal de 659 empresas insolventes no período homólogo de 2013, o ano em que este indicador atingiu o valor máximo desde 2008.

 

O volume de insolvências registadas este ano foi, segundo a IGNIOS, impulsionado de forma mais determinante pelo aumento das declarações finais de insolvência, verificado em 2.322 empresas (42% do total). Este número consubstancia um acréscimo de 29,4% face ao mesmo período do ano passado. As insolvências requeridas pelos credores também aumentaram em 3,8% para 1.678 empresas, sendo que as insolvências requeridas pela própria empresa desceram 1,2% para um total de 1.435 empresas.

 

O CEO da IGNIOS, António Monteiro, lembra que nesta fase do ano é ainda "cedo para perceber como se comportará 2015 face a 2014, tendo em conta que o ano passado foi atípico porque influenciado por questões técnicas no registo das insolvências". António Monteiro prefere nota as insolvências em 2015 se mantêm "em níveis inferiores quer a 2012 quer a 2013".

 

Já em relação ao número de empresas criadas entre Janeiro e Setembro, o relatório da IGNIOS mostra que foram registadas 29.154 novas empresas, um crescimento de 9,8% face ao observado em igual período do ano passado, período em que foram constituídas 26.554 novas empresas. Neste campo, a IGNIOS realça o forte crescimento registado pelas empresas de Alojamento, que beneficiou do crescimento das exportações de serviços turísticos.

 

Apenas cinco distritos registaram menos insolvências face ao período homólogo

 

O "Observatório de Insolvências, Novas Constituições e Créditos Vencidos", hoje divulgado, mostra também que em apenas cinco distritos foram registadas menos insolvências nos primeiros nove meses de 2015 do que em igual período de 2014. Esses distritos foram: Porto, Bragança, Castelo Branco, Beja e Faro.

 

Já os distritos de Braga, Vila Real, Guarda, Coimbra e Évora apresentam mesmo variações homólogas de insolvências nos primeiros nove meses deste ano superiores a 20%. E em termos absolutos, confirma-se que os distritos de Lisboa (1.287) e Porto (1.089) registam o maior número de insolvências de empresas.

 

Percebe-se também que os serviços mais dependentes da procura interna e importações continuam a concentrar a maior parte dos pedidos de insolvências de empresas. Ainda no período considerado, o sector da Construção registou uma variação homóloga positiva de 5,7% com 978 empresas em insolvência, seguido pelos Transportes (233 empresas) e Restauração (417 empresas).

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