Notícia
Janeiro trouxe menos novas empresas e mais insolvências
O primeiro mês do ano levou ao registo de 689 empresas como insolventes e à criação de 4.077 novas firmas em Portugal. Entre estas últimas, a área de alojamento e restauração foi a que assistiu à criação de mais empresas.
22 de Fevereiro de 2016 às 19:29
A constituição de novas empresas caiu 10,1% em Janeiro, enquanto o número de empresas insolventes aumentou 15,8%, face ao mesmo mês de 2015, mantendo a tendência iniciada em Junho do ano passado, segundo a IGNIOS.
Os dados constam no "Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições" da IGNIOS, empresa de soluções integradas e personalizadas de gestão de risco, e mostram que, "no arranque do ano, a dinâmica empresarial em Portugal apresentou um comportamento menos positivo do que nos dois anos anteriores".
Quanto às insolvências, em Janeiro deste ano 689 empresas registaram-se como insolventes em Portugal, correspondente a uma subida de 15,8% face ao mesmo mês de 2015.
Segundo o estudo, não obstante a retoma da tendência de subida, as insolvências em Janeiro deste ano permanecem, em termos absolutos, abaixo de iguais meses do ano 2013 e 2014, quando foram atingidos picos de, respectivamente, 742 e 737 insolvências.
"É ainda cedo para conseguirmos determinar se esta é uma tendência que ganhará corpo no decurso do ano, mas é certo que o percurso de subida já tem vindo a ser evidente desde meados do ano passado. O comportamento da economia e, especialmente, da procura interna será determinante para a evolução deste indicador", diz o presidente executivo da empresa, António Monteiro, citado no comunicado.
De acordo com a análise, "o aumento de insolvências foi influenciado sobretudo pelo crescimento de 56,2% no número de empresas cujo processo de insolvência foi finalizado" (217 em Janeiro de 2015 e 339 em Janeiro de 2016).
Explica ainda que, mesmo a queda de 20,4% nas insolvências requeridas pelos credores (para 164 empresas), "não foi suficiente para compensar" aquele aumento.
Além disso, acrescenta que nas insolvências em curso (que conjugam as requeridas pelos credores e as apresentadas pela própria empresa), também as empresas que solicitaram insolvência cresceram 7,3% em Janeiro de 2016 (para as 177).
Santarém, Coimbra, Viseu e Setúbal destacaram-se pela negativa, com aumentos entre 50% e 116%, assim como o distrito do Porto registou um dos aumentos mais expressivos das insolvências (19,8% para 139 empresas).
O distrito de Lisboa recuou 4,7% neste indicador, mantendo-se, no entanto, como o distrito com maior peso a nível nacional (20,5% do total).
Já pela positiva, destacam-se Braga e Faro.
Numa análise sectorial, os comércios a retalho, por grosso e de veículos continuam a destacar-se, quer em termos de aumento de insolvências, quer em termos do seu peso no total, assim como a restauração, enquanto a construção continua a liderar as insolvências.
No que diz respeito à constituição de empresas, registou-se também uma queda de 10,1%, para 4.077.
A nível sectorial, o único aumento relevante em termos homólogos foi na área e alojamento e restauração, cujo peso no total cresceu de 10,8% para 12,1%, diz a análise, acrescentando que ainda assim o número de constituições neste sector cresceu apenas 0,2%.
Os distritos de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Setúbal continuam a ser os mais dinâmicos na constituição de empresas.
A informação que consta na base de dados IGNIOS inclui todas as constituições de empresas publicadas pelo Instituto de Registos e Notariado / Ministério da Justiça e todas as ações de insolvência publicitadas também pelo Ministério da Justiça, no portal Citius.
Os dados constam no "Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições" da IGNIOS, empresa de soluções integradas e personalizadas de gestão de risco, e mostram que, "no arranque do ano, a dinâmica empresarial em Portugal apresentou um comportamento menos positivo do que nos dois anos anteriores".
Segundo o estudo, não obstante a retoma da tendência de subida, as insolvências em Janeiro deste ano permanecem, em termos absolutos, abaixo de iguais meses do ano 2013 e 2014, quando foram atingidos picos de, respectivamente, 742 e 737 insolvências.
"É ainda cedo para conseguirmos determinar se esta é uma tendência que ganhará corpo no decurso do ano, mas é certo que o percurso de subida já tem vindo a ser evidente desde meados do ano passado. O comportamento da economia e, especialmente, da procura interna será determinante para a evolução deste indicador", diz o presidente executivo da empresa, António Monteiro, citado no comunicado.
De acordo com a análise, "o aumento de insolvências foi influenciado sobretudo pelo crescimento de 56,2% no número de empresas cujo processo de insolvência foi finalizado" (217 em Janeiro de 2015 e 339 em Janeiro de 2016).
Explica ainda que, mesmo a queda de 20,4% nas insolvências requeridas pelos credores (para 164 empresas), "não foi suficiente para compensar" aquele aumento.
Além disso, acrescenta que nas insolvências em curso (que conjugam as requeridas pelos credores e as apresentadas pela própria empresa), também as empresas que solicitaram insolvência cresceram 7,3% em Janeiro de 2016 (para as 177).
Santarém, Coimbra, Viseu e Setúbal destacaram-se pela negativa, com aumentos entre 50% e 116%, assim como o distrito do Porto registou um dos aumentos mais expressivos das insolvências (19,8% para 139 empresas).
O distrito de Lisboa recuou 4,7% neste indicador, mantendo-se, no entanto, como o distrito com maior peso a nível nacional (20,5% do total).
Já pela positiva, destacam-se Braga e Faro.
Numa análise sectorial, os comércios a retalho, por grosso e de veículos continuam a destacar-se, quer em termos de aumento de insolvências, quer em termos do seu peso no total, assim como a restauração, enquanto a construção continua a liderar as insolvências.
No que diz respeito à constituição de empresas, registou-se também uma queda de 10,1%, para 4.077.
A nível sectorial, o único aumento relevante em termos homólogos foi na área e alojamento e restauração, cujo peso no total cresceu de 10,8% para 12,1%, diz a análise, acrescentando que ainda assim o número de constituições neste sector cresceu apenas 0,2%.
Os distritos de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Setúbal continuam a ser os mais dinâmicos na constituição de empresas.
A informação que consta na base de dados IGNIOS inclui todas as constituições de empresas publicadas pelo Instituto de Registos e Notariado / Ministério da Justiça e todas as ações de insolvência publicitadas também pelo Ministério da Justiça, no portal Citius.