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Impresa corta 10% dos salários a quadros de topo

O grupo de media vai avançar com uma reestruturação, que é justificada com a crise das receitas publicitárias.

01 de Julho de 2011 às 16:10
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A Impresa anunciou hoje que está a proceder a uma reestruturação do grupo, tendo proposto à comissão de vencimentos a “redução voluntária” de 10% dos salários dos membros da comissão executiva e do conselho de administração.

Esta medida estende-se a todos os trabalhadores que auferem um vencimento bruto superior a cinco mil euros. O estabelecido pela administração do grupo estará em vigor entre Setembro de 2011 e Dezembro de 2012.

Num documento enviado às redacções, Francisco Balsemão, presidente da empresa, justifica estas medidas com “os efeitos da crescente deterioração da situação económica portuguesa, em geral, e do mercado publicitário, em particular”.

O grupo de media comunica também oficialmente que o processo de rescisões que abrangeram os trabalhadores do “Expresso”, da SIC e da GMTS (empresa do universo SIC) redundou na saída de 40 trabalhadores. Este processo foi iniciado em 2010, com a abertura de um plano de “rescisões voluntárias” no “Expresso”.

Num artigo publicado hoje no “Correio da Manhã” Manuela Moura Guedes, referindo-se às posições da Impresa e da Media Capital em relação à privatização da RTP, aponta duras críticas aos grupos donos da SIC e da TVI. “Não parecem recomendáveis espanhóis do PSOE que mandam lucros para Espanha ou empresários que têm de despedir levas de funcionários por má gestão em empresas cotadas na Bolsa, à beira de falir, que funcionam como empresas familiares. E a CMVM não actua... As televisões fazem muito a opinião pública. Por isso, nenhum Governo até agora teve coragem de se retirar da RTP e de afrontar as privadas”, escreve Manuela Moura Guedes.

Citando Moura Guedes, que estabeleceu há meses um acordo que anunciava a sua ida para a SIC, o “Público” noticia hoje que Francisco Pinto Balsemão vetou o contrato de Moura Guedes. Ao "Público", Manuela Moura Guedes explica que Balsemão vetou a sua entrada na Impresa por causa da posição que José Eduardo Moniz ocupa na Ongoing: “como ele [José Eduardo Moniz] trabalha na Ongoing, não querem que eu trabalhe na SIC”, refere Moura Guedes.

Também ao "Público", Luís Marques, director-geral da SIC, declarou que a não concretização do contrato "tem a ver com um conjunto de decisões económico-financeiras" da empresa.
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