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Humberto Pedrosa: "A TAP será privada"

O Governo já assinou o memorando para ficar com 50% da transportadora. O acordo foi assinado este sábado, 6 de Fevereiro.

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Fevereiro de 2016 às 09:56
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Os ministros da Finanças e das Infraestruturas, respectivamente, Mário Centeno e Pedro Marques, assinaram com o consórcio Gateway Atlantic, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, um memorando que prevê a recuperação pelo Estado de 11% do capital que o consórcio aceitou comprar, no ano passado, ao Estado.

Em 2015, foi assinado o acordo para a compra de 61% da TAP, mas o Governo de António Costa não quis perder a maioria da transportadora. Chegou, agora, a acordo para ficar com parte desse montante. O Estado ficará com 50%, pagando para isso 1,9 milhões de euros.

É um novo memorando, que vai agora servir ainda de base a mais negociações. Humberto Pedrosa explicou que ficará com 50%, pelo que "a empresa será privada". A comissão executiva de três pessoas é privada e o conselho de administração terá seis elementos do Estado e seis privados. "Pelo que a empresa é privada". O presidente da Barraqueiro, que detém a maioria no consórcio Gateway, foi o primeiro a falar na cerimónia de assinatura do memorando. "Ambas as partes acabaram em casamento entre pessoas de boa fé" e acabou por dizer que "os interesses da TAP tinham de vir ao de cima".

O acordo, acrescentou, permite a reestruturação financeira da TAP. Humberto Pedrosa garantiu que o plano estratégico da TAP foi aprovado pelo Governo e o novo conselho "vai cumpri-lo".

Vai ser agora negociado um acordo parassocial entre as partes. Humberto Pedro disse sentir-se "confortável com acordo agora firmado de braço dado com governo", já que "irá representar uma garantia de estabilidade para a TAP e trabalhadores".

A palavra coube depois a David Neeleman que acabou conformado com a importância da TAP para o país. "Quando começámos a negociação decidimos que não seria pessoal, mas seria o melhor para empresa, pessoas". Foi também o brasileiro que voltou a frisar que "a TAP é privatizada", mas "precisamos de salvar essa empresa, temos de salvar essa empresa, que está a queimar muito dinheiro".

Há, acrescentou, mudanças na empresa que têm de ser feita para a fortalecer e, por isso, "as decisões não podem ser políticas". O acordo foi alcançado mas "ainda há muita coisa a ser negociada", nomeadamente com os bancos. 

(Notícia actualizada às 11:10 com mais declarações)
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