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Grandes fortunas mundiais encolhem pela primeira vez em sete anos. Baixam dois biliões

A fortuna dos milionários mundiais sofreu uma quebra de dois biliões de dólares (cerca de 1,8 biliões de euros) no ano passado. A quebra interrompe sete anos consecutivos de crescimento.

09 de Julho de 2019 às 06:00
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O património dos milionários mundiais sofreu uma quebra de dois biliões de dólares (cerca de 1,8 biliões de euros) no ano passado. A quebra, de 3%, interrompe sete anos consecutivos de crescimento, indica o relatório "World Wealth Report 2019", elaborado pela Capgemini e divulgado esta terça-feira.

A Capgemini define como milionários (os chamados 'High Net Worth Individuals' - HNWI) os indivíduos com uma carteira de investimentos em ativos líquidos igual ou superior a um milhão de dólares, excluindo a sua habitação/residência principal, objetos de coleção, consumíveis e bens de consumo duradouro, explica a consultora. Os Ultra-HNWI são os indivíduos que pertencem ao 1% com maiores fortunas.


O relatório aponta para uma redução de 0,3% no número de milionários e um decréscimo de 3% no valor do seu património em 2018. Em 2017, o património das grandes fortunas superava os 70 biliões de dólares.

A consultora assinala que os Ultra-HNWI foram responsáveis por 75% da redução da riqueza, tendo o número de indivíduos nesta categoria caído 4% e a sua fortuna encolhido cerca de 6%.

Os milionários intermédios – cujo património se situa entre cinco e 30 milhões de dólares – pesaram 20% na quebra total da fortuna. Já os milionários de primeiro nível – com património entre um e cinco milhões de dólares -, que constituem 90% do total de milionários, sofreram um decréscimo inferior a 0,5% no seu património.

A queda no património dos milionários deveu-se sobretudo à região da Ásia-Pacífico, responsável por metade da perda no valor das fortunas, cabendo à China mais de metade (53%) da perda de um bilião de dólares na região e de 25% da queda a nível mundial. Nesta região, detalha o estudo, o número de milionários diminuiu em 2% e a riqueza detida sofreu uma queda de 5%.

Na América Latina a fortuna dos milionários caiu 4%, enquanto na Europa a redução foi de 3% e na América do Norte a descida cifrou-se em 1%. O Médio Oriente foi a única região a apresentar um crescimento na fortuna dos mais ricos, com um ganho de 4%.

Tal como sucedia no ano anterior, os EUA, Japão, Alemanha e China representam 61% do número total de milionários do mundo.

Apesar da quebra, a confiança dos milionários mantém-se estável e a sua satisfação com as sociedades gestoras de património subiu.

O estudo da Capgemini baseia-se nos resultados do estudo sobre as perspetivas e o comportamento dos indivíduos mais ricos do mundo, com respostas de mais de 2.500 milionários de 19 países em todo o mundo.

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