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Património mundial das grandes fortunas ultrapassa 70 biliões de dólares em 2017

O número de milionários mundiais cresceu em 2017 e o seu nível de riqueza aumentou pelo sexto ano consecutivo, ultrapassando pela primeira vez os 70 biliões de dólares (60,5 biliões de euros), segundo um estudo divulgado hoje.

Bruno Simão/Negócios
19 de Junho de 2018 às 18:02
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Segundo revela o 'World Wealth Report 2018' da Capgemini, a melhoria da economia mundial impulsionou o crescimento do património das grandes fortunas que aumentou 10,6% no ano passado e ultrapassou pela primeira vez os 70 biliões de dólares (60,5 biliões de euros à taxa de câmbio actual), sendo o segundo ano de maior crescimento desde 2011.

 

O número de milionários (os chamados 'High Net Worth Individuals' -- HNWI) aumentou em 1,6 milhões em termos globais, sobretudo devido ao impulso das regiões da Ásia-Pacífico e da América do Norte, que representam 74,9% do crescimento mundial (1,2 milhões de novos milionários) e 68,88% de crescimento da riqueza/património dos mais ricos (4,6 mil milhões de dólares).

 

Em 2017, a Europa apresentou um crescimento de 7,3% do volume da riqueza e património dos HNWI.

 

Os HNWI são os indivíduos com uma carteira de investimentos em activos líquidos iguais ou superiores a 1 milhão de dólares, excluindo a sua principal habitação/residência, objectos de colecção, consumíveis e bens de consumo prolongado, explica a consultora.

 

No final do ano, os quatro mercados que apresentavam o maior número de ricos eram os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e a China, representando 61,2% da população mundial dos HNWI e 62% dos novos milionários mundiais.

 

O estudo da Capgemini evidencia a possível entrada das grandes multinacionais tecnológicas ('big tech') no sector da gestão de patrimónios, bem como o crescente interesse da população HNWI pelas criptomoedas que em Janeiro de 2018 alcançaram o seu nível máximo de capitalização no mercado.

 

De acordo com o estudo, o retorno dos investimentos dos milionários à escala mundial (ou seja, os ativos geridos pelas sociedades de gestão de patrimónios que administram 32,1% da riqueza dos HNWI) alcançaram um nível de crescimento de 27,4% em 2017.

 

Os níveis de rentabilidade alcançados em 2016 e 2017 não contribuíram, porém, para melhorar o nível de satisfação dos mais ricos com as sociedades gestoras já que os resultados do estudo sugerem que a rentabilidade não é suficiente para manter os negócios destas empresas.

 

O 'World Wealth Report' da Capgemini, que não tem resultados para Portugal, assenta nos resultados do estudo sobre as perspectivas e o comportamento dos indivíduos mais ricos do mundo, com base nas respostas de mais de 2.600 HNWI de 19 países nas regiões da América do Norte, América Latina, Europa e Ásia-Pacífico.

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