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Governo espanhol rejeita proposta do regulador para as tarifas eléctricas

O secretário geral da Energia espanhol, Ignacio Nieto, afirmou ao Jornal de Negócios que o aumento das “tarifas eléctricas vai ficar em linha com a taxa de inflação”. A decisão do Governo contraria a proposta da CNE – Comisión Nacional de la Energía, que

21 de Setembro de 2007 às 17:45
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O secretário geral da Energia espanhol, Ignacio Nieto, afirmou ao Jornal de Negócios que o aumento das "tarifas eléctricas vai ficar em linha com a taxa de inflação". A decisão do Governo contraria a proposta da CNE – Comisión Nacional de la Energía, que vai no sentido de repercutir progressivamente os custos reais da electricidade na próximas revisões das tarifas eléctricas.  

"A recomendação da CNE não vai ser acatada. Por respeito aos consumidores considerámos que os erros do passado (défice tarifário) não têm de ser pagos hoje de uma só vez", afirmou Ignacio Nieto em entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios.

"É melhor fazermos um pagamento faseado e, tão pouco, estamos a falar de comprometer gerações futuras já que está em causa um período de apenas dois a três ano", explicou o governante.  

De acordo com a edição "online" do diário espanhol "El País", a CNE aprovou ontem um documento onde recomendava que as tarifas eléctricas deviam reflectir progressivamente os custos reais da electricidade nas próximas revisões. O documento aprovado pela comissão surge em resposta a um projecto elaborado pelo ministério da Industria espanhol, no início do mês de Setembro.

Nesse documento, o executivo espanhol reconhecia a conveniência de subir os preços da energia para reflectir os custos mas admitia a hipótese de as congelar por uma questão de "responsabilidade política".  

"A CNE é um organismo regulatório e portanto os seus serviços têm em consideração, nas suas decisões, a aplicação de critérios regulatórios e ortodoxos", disse Ignacio Nieto.  

"São muito bons na capacidade técnica mas quando calculam as tarifas reflectem apenas os custos. Isso é o que a CNE tem que fazer e faz muito bem porque o regulador não tem e nem deve ter em consideração decisões do tipo estratégico e político. Quando tomamos [governo] decisões que se desviam da CNE é porque temos de tomar em consideração aspectos deste tipo", explicou o secretário geral da Energia espanhol.

Na próxima semana, o Jornal de Negócios publica, na íntegra, a entrevista de Ignacio Nieto.

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