A EDP, Galp Energia, Brisa, Sonae, Jerónimo Martins e gestoras de parques de estacionamento são algumas das empresas que estão em conversações com o Governo para a criação de uma rede nacional de abastecimento e manutenção de carros eléctricos em Portugal.



O desenvolvimento de infra-estruturas múltiplas de logística, a par da obtenção de soluções técnicas de fornecimento de baterias, são, para o Executivo, as duas condições essenciais para que o projecto de desenvolvimento do carro eléctrico tenha sucesso a nível nacional.



Hoje, no Parque das Nações, em Lisboa, é dado o primeiro passo para a concretização deste projecto. O presidente da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, e o seu vice, o português Carlos Tavares, vêm a Portugal formalizar uma aliança com o Governo de José Sócrates, na área dos veículos eléctricos.



Depois de Israel e Dinamarca, Portugal foi o terceiro país eleito pela marca automóvel franco-nipónica para testar uma nova estrutura logística, através do desenvolvimento de uma rede de suporte à operação dos seus veículos eléctricos, que serão produzidos em França, com uma autonomia de 200 quilómetros.



A Renault-Nissan é a primeira a marcar posição no território nacional, mas há já outros construtores automóveis internacionais interessados em desenvolver projectos semelhantes em Portugal. O Jornal de Negócios sabe que este cenário agrada ao Executivo, visto que a sua estratégia passa por encontrar uma solução logística múltipla em que os carros possam ser abastecidos, tanto em auto-estrada, como, por exemplo, nos hipermercados.