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Fernando Pinto considera possível privatização da TAP em 2001 (actualização)
(actualiza com mais detalhes a partir do quinto parágrafo) Fernando Pinto admite que poderá ser possível a privatização da transportadora aérea nacional no segundo semestre deste ano, no caso de...
«Se for escolhida a hipótese de haver um núcleo de accionistas portugueses, penso que isso ainda é possível. Sendo outro parceiro estratégico, a situação será outra», disse Fernando Pinto.
O ex-ministro do Equipamento Social, Jorge Coelho, afirmou em Fevereiro que pretendia privatizar 49% do capital da transportadora aérea nacional, com o restante capital a ser canalizado para a Caixa Geral de Depósitos e o Investimentos e Participações Empresariais, ou a Parpública.
A TAP atravessa problemas de tesouraria, depois da Swissair ter anulado a sua parceria com a empresa, que previa a aquisição de 33,34% do capital da companhia nacional, num negócio avaliado em cerca de 155 milhões de euros (31,07 milhões de contos).
Segundo Fernando Pinto, a empresa tem garantidas as suas operações até ao final deste ano devido a um empréstimo de 40 milhões de euros (8 milhões de contos) efectuado pelo Bank of Tokyo Mitsubishi, a que a TAP recorreu e no qual a Swissair actuou como fiadora.
«Nós vamos agora desenvolver uma apresentação e actuaremos como vendedores», referiu Fernando Pinto ao Canal de Negócios. «Haverá um “road show” para a privatização da TAP», adiantou.
O administrador delegado da transportadora nacional sublinhou que «cabe ao nosso accionista escolher o novo parceiro, nós limitamo-nos a melhorar a empresa para que esteja melhor posicionada para negociar».
Segundo declarações do mesmo responsável em conferência de imprensa, a TAP prevê um prejuízo de cerca de 115 a 120 milhões de euros (23 a 24 milhões de contos) para o exercício de 2000, não havendo ainda valores oficiais.
«A meta para este ano é de menos de metade do registado no ano passado», disse Fernando Pinto adiantando que em 2002 se poderá «atingir o equilíbrio operacional e em 2003 registar lucro, é nesse sentido que estamos caminhando».