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Falta de remédios da AdC obriga investigação à Galp

O negócio de compra dos postos de abastecimento do Carrefour em Portugal, agora propriedade do Grupo Sonae, por parte da Galp Energia, vai ser alvo de uma investigação aprofundada da Autoridade da Concorrência (AdC).

27 de Agosto de 2008 às 00:01
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O negócio de compra dos postos de abastecimento do Carrefour em Portugal, agora propriedade do Grupo Sonae, por parte da Galp Energia, vai ser alvo de uma investigação aprofundada da Autoridade da Concorrência (AdC).

Com o objectivo de averiguar situações de posição dominante, este procedimento podia, segundo apurou o Negócios, nem sequer ter sido necessário se a AdC tivesse logo imposto condições à Sonae Distribuição no negócio dos combustíveis quando aprovou, com remédios, a compra da rede de hipermercados da Carrefour, em Outubro de 2007.

A abertura de postos de combustível nestas áreas comerciais decorre de uma recomendação feita pela AdC, em 2004, ao Governo PSD de Santana Lopes. A indicação de Abel Mateus para acabar com o monopólio das petrolíferas na venda a retalho foi acatada e criada legislação para abrir o negócio dos combustíveis a outros grandes operadores com igual poder de penetração no mercado.

Quatro anos depois, curiosamente, os oito postos de combustível (localizados junto aos hiper agora da Sonae em Vila Nova de Gaia, Braga, Aveiro, Montijo, Coimbra, Portimão, Paços de Ferreira, e Torres Novas) que eram explorados antes pela Carrefour estão agora em vias de ficar nas mãos da líder de mercado, a Galp Energia. Esta situação resulta de um acordo, firmado em Fevereiro, entre a petrolífera e o grupo de Belmiro de Azevedo.

A Galp - que já viu chumbada pela AdC a compra dos postos da Esso de combustível marítimo - diz agora que "este é um procedimento habitual neste tipo de operações". A Sonae esteve incontactável até ao fecho da edição.

A AdC tem 60 para decidir se aprova, com ou sem remédios, ou chumba a operação, de acordo com os resultados a que chegar com a primeira investigação aprofundada do mandato de Manuel Sebastião, enquanto presidente da AdC.

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