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Endesa quer EDP fora dos leilões de interligação
A Endesa não quer que a EDP participe nos leilões de interligação. Esta medida é defendida pelo presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, que já manifestou a sua posição por escrito à ERSE.
A Endesa não quer que a EDP participe nos leilões de interligação. Esta medida é defendida pelo presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, que já manifestou a sua posição por escrito à ERSE.
Ribeiro da Silva diz que a concorrente EDP "joga com as regras que estão em cima da mesa e actua de acordo com os seus interesses mas não é a empresa que faz as leis. Quem tem competências para mudar as regras do jogo é a ERSE e o Governo".
O presidente da Endesa Portugal considera ainda que o actual conceito de operador dominante, baseado apenas na quota de mercado das empresas é "insuficiente".
Para colocar o MIBEL a funcionar e criar condições concorrenciais para todos os mercados, Ribeiro da Silva defende "um conjunto de medidas que já apresentou ao Governo e ao Regulador".
O responsável já tinha afirmado ontem que vai abandonar o mercado liberalizado em Portugal por não ter condições para importar de Espanha electricidade a preços competitivos.
Em causa está o congestionamento das interligações entre Portugal e Espanha com a entrada em vigor, a partir de 1 de Julho, das novas regras do mercado ibérico de electricidade (MIBEL), que reduziu essa interligação a duas horas e quinze minutos diários, afirmou aos jornalistas à saída do encontro "Mercado Ibérico de Electricidade: Os próximos 5 anos", citado pela agência Lusa.