Os empresários portugueses investiram menos do que o esperado em 2014, e estimam que o investimento desça ainda mais este ano.

Os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Investimento de Outubro, divulgados pelo INE, apontam para que, em 2014, o investimento tenha crescido 1%, quando a estimativa anterior apontava para uma subida de 2,4%. Uma revisão em baixa que estará associada, segundo o INE, ao adiamento ou cancelamento de investimentos.

Em 2014, foram as empresas com 500 ou mais trabalhadores as que mais contribuíram para o crescimento do investimento, com um acréscimo de 14%. Em sentido oposto, as empresas com menos de 50 funcionários apresentaram o contributo negativo mais expressivo, em resultado de uma diminuição de 12,6% do investimento.

No ano passado, o acréscimo da Formação Bruta de Capital Fixo (investimento) teve o contributo de cinco das treze secções de actividade económica inquiridas. O investimento subiu de forma mais expressa nas actividades de Informação e de Comunicação e de Transportes e Armazenagem. Por outro lado, as secções que apresentaram uma redução mais acentuada do investimento foram as de Actividades Imobiliárias (-30,2%) e de Construção (-23,7%).

Para 2015, os resultados do inquérito apontam para uma queda de 2,2% do investimento empresarial. Tal como no ano passado, a descida é mais expressiva entre as empresas com menos de 50 trabalhadores, e do sector da Electricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio.