A fabricante brasileira de aviões registou um crescimento de 31% nos lucros dos primeiros nove meses deste ano para os 554,2 milhões de reais (176 milhões de euros ao câmbio actual). Ao mesmo tempo, a Embraer alcançou um novo máximo nas encomendas: 22,1 mil milhões de dólares (cerca de 17,6 mil milhões de euros ao câmbio actual), anunciou a empresa esta quinta-feira, 6 de Novembro.

Durante os primeiros nove meses registou um crescimento de 16% nas receitas face a período homólogo para os 9.864,6 milhões de reais (mais de três mil milhões de euros). Olhando para o terceiro trimestre, a construtora recuou 4% nas receitas para os 2.827,3 milhões de reais, motivado pelo menor número de entregas de aeronaves, que foi em parte compensado por uma maior receita na área de Defesa e Segurança.

Entre Julho e Setembro, a Embraer entregou 19 aviões comerciais e 15 jactos executivos.

A construtora de aviões está presente em Portugal com duas fábricas em Évora, unidades onde produz componentes para aviões militares - como o KC-390 e o Legacy 450/500 - como para aviões civis - E-Jets E2.

Uma das unidades produz estruturas metálicas (parte de asas) e a outra produz materiais compósitos (componentes para caudas), e representaram um investimento total de quase 180 milhões de euros.

O Governo português poderá avançar para a compra de seis unidades do modelo KC-390, conforme avançou recentemente o Negócios. Este é um avião tanto transporta carga como tropas e pode também realizar abastecimentos durante o voo. Outras das suas qualidades é que pode efectuar missões de busca e resgate e também ser usado no combate a incêndios florestais. O KC-390 tem uma capacidade para transportar até 26 toneladas de carga e navega até uma velocidade de 870 quilómetros por hora.