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Embraer traz mais negócio para Évora e reforça investimento
A fabricante brasileira de aviões vai alargar a área de produção da sua fábrica que já está em funcionamento em Évora, reforçando assim o investimento em Portugal.
A Embraer em Portugal não vai só participar na construção do avião militar da empresa brasileira, o KC-390, e do Legacy 450/500, como vai entrar num novo programa para o desenvolvimento dos jactos E-Jets E2, adiantou a empresa em comunicado.
A Embraer Portugal Estruturas Metálicas S.A. "deu início nos últimos dias de Agosto aos trabalhos de construção civil que levarão a um aumento da sua área industrial coberta, passando esta de 37.100 metros quadrados para 38.700 metros quadrados", acrescentou a mesma fonte.
Este anúncio agora feito vem confirmar a intenção que a empresa já havia manifestado em Junho último, aquando da visita de António Pires de Lima, ministro da Economia, à sede da Embraer no Brasil.
O vice-presidente da Embraer para a Engenharia e Tecnologia, Mauro Kern, na época disse que este seria um plano "lá mais para frente", uma vez que Évora "é completamente adequada".
Estes novos jactos fazem parte da segunda geração dos E-Jets. Que será composta por três novos aviões – E175-E2, E190-E2 e E195-E2. O E190-E2 deverá entrar em serviço no primeiro semestre de 2018. O E195-E2 está programado para entrar em serviço em 2019 e o E175-E2 em 2020, como noticiou a Imprensa brasileira.
Os aviões terão capacidade para 88, 106 e 132 passageiros, respectivamente.
A Embraer estima que o investimento total para o desenvolvimento dos novos modelos dos E-Jets E2 será de 1,7 mil milhões de dólares, durante os próximos oito anos.
A Embraer prevê uma procura de 6.400 aviões comerciais com capacidade de até 130 lugares ao longo dos próximos 20 anos. Com mais de 1.200 encomendas de E-Jets, a Embraer detém 42% do mercado em seu segmento, segundo a mesma fonte.
As duas fábricas da Embraer, a terceira maior construtora aeronáutica do mundo, começaram a laborar em Julho de 2012 e foram inauguradas a 21 de Setembro.
As unidades, uma de estruturas metálicas (parte de asas) e outra de materiais compósitos (componentes para caudas), representaram um investimento de quase 180 milhões de euros.
Na fábrica de estruturas metálicas são construídas as asas do avião executivo Legacy 500 e revestimentos de asa do KC-390 e, posteriormente, também a empenagem vertical da nova aeronave militar.