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Dona da Conforama assume irregularidades contabilísticas pelo menos desde 2015
A gigante sul-africana Steinhoff sobe mais de 10% em bolsa, no dia em que a retalhista revelou que vai rever os resultados financeiros pelo menos desde 2015, isto no âmbito de uma investigação a irregularidades contabilísticas.
A gigante retalhista sul-africana Steinhoff , dona da Conforama, admitiu que as irregularidades contabilísticas detectadas na empresa vêm pelo menos desde 2015, podendo inclusivamente atingir os resultados financeiros de anos anteriores.
De acordo com a agência Reuters, a dona da Conforama e da Matress Firm revelou que também os resultados de 2015 serão auditados no âmbito da investigação em curso a irregularidades contabilísticas que em 2017 fizeram a cotada perder mais de 93% da sua cotação na bolsa germânica.
A revisão contabilística a cargo da consultora PwC sugere que existem "irregularidades contabilísticas" pelo menos desde 2015 ou mesmo antes. Nesse sentido, em comunicado a Steinhoff adianta que serão também revistas as contas relativas a anos anteriores a 2015.
Devido à investigação às contas de 2016, a Steinhoff adiou em Dezembro último o anúncio dos resultados financeiros referentes ao ano de 2017 até que a revisão contabilística esteja concluída.
As "irregularidades contabilísticas" inicialmente detectadas dizem respeito a um buraco de 2 mil milhões de euros no balanço da empresa. Em paralelo a esta revisão das contas, a empresa está a ser investigada na Alemanha por fraude contabilística desde 2015.
Assim, a divulgação dos resultados de 2017 será acompanhada de uma republicação dos números relativos ao ano fiscal anterior bem como de 2015, anunciou esta terça-feira, 2 de Janeiro, a empresa sul-africana.
Esta manhã as acções da Steinhoff seguem a valorizar 13,56% para 0,36 euros na bolsa alemã, no quarto dia seguido de ganhos para os títulos da empresa que assim recuperam parcialmente das fortes perdas acumuladas no ano anterior, em especial depois do anúncio de irregularidades contabilísticas.