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Directora do "Público" reitera pressão "inaceitável" de Miguel Relvas

A directora do Público reiterou hoje que o ministro Miguel Relvas pressionou o jornal de uma forma "inaceitável" em declarações no final da audição na Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC).

24 de Maio de 2012 às 14:33
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Bárbara Reis, que esteve reunida com os membros da ERC durante cerca de duas horas e meia, disse aos jornalistas que "houve pressão e a pressão foi inaceitável", reiterando que Miguel Relvas ameaçou o jornal Público com 'blackout' do Governo, a revelação de dados da vida privada da jornalista Maria José Oliveira e ainda com uma queixa junto da ERC.

Vim aqui reiterar que "o ministro Relvas fez pressão ao jornal Público", referiu.

Já hoje, o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares afirmou "nunca" ter exercido "pressões" sobre o jornal Público ou os seus jornalistas no final da audição realizada pela Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC).

Miguel Relvas, em declarações aos jornalistas, disse estar "de consciência tranquila" e acrescentou que quem se sentiu pressionado foi ele próprio por lhe terem dado "32 minutos para responder às questões do jornal Público".

O ministro adiantou que "todas as questões foram esclarecidas" e que esteve "uma semana em silêncio" porque entendeu que apenas se deveria pronunciar "após prestar declarações à entidade reguladora".

Ainda hoje, será ouvida pela ERC a editora de Política do Público, Leonete Botelho.

O conselho de redacção do Público afirmou na sexta-feira, dia 18, que Miguel Relvas ameaçou queixar-se ao regulador do sector, promover um "blackout" de todos os ministros ao jornal diário e divulgar, na Internet, dados da vida privada de uma jornalista, se fosse publicada uma notícia sobre o caso das secretas.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) anunciou o início de averiguações ao caso, revelando que recebeu "uma série de documentos" enviados "por iniciativa própria" pelo ministro.

O primeiro-ministro comentou o assunto, dizendo que o governo "não faz chantagens ou pressão sobre a comunicação social", enquanto o líder do PS, António José Seguro, disse que as dúvidas devem ser cabalmente esclarecidas: "Não pode ficar nenhuma dúvida, doa a quem doer e seja quem for".

O Presidente da República escusou-se a comentar o caso por ser "objecto de polémica político-partidária", mas garantiu que o primeiro-ministro o tem informado de "tudo o que se passa" nas secretas.

A maioria PSD e CDS-PP, que tinha pedido adiamento das audições no parlamento até ao final das conclusões da ERC, chumbou os pedidos feitos pelo PS e pelos Verdes para ouvir o ministro e os restantes envolvidos no caso.

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